sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Então...


Então pegue sua mochila e comece a colorir o tempo dos seus sonhos...
Pegue sua mochila e construa seu templo...
Olhe as coisas ao redor,olhe como o tempo se arrasta para ver o sorriso...

Enquanto o dia ainda é cinza,existe uma escada.
E quando faltar luz,espalhe seu vermelho.
Não tenha medo...

Respire,imagine,toque o oceano...Deite na areia e se sinta ali...
Sendo milagre,sendo mistério.
Não tenha algemas na alma...
Você é um pássaro agora,
E não existe asas que se adaptem ao chão.
Descubra sua vida como parte de você...
Descubra por você,por mim,descubra por todos...
Não é necessário avião para tocar no céu.
Descubra seu sorriso,descubra pelo quê,sua vida vale a pena...
Pegue seu violão e desenhe uma canção...
No chão,as flores pulsam agora...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Soluços

Cheiros e cores... E essas paredes guardando segredos manchados pelas tintas dos momentos.Letras,versos,músicas e esse silêncio.Há mais de mim nelas que em mim. Tantas lágrimas e quanta esperança lavam esses azulejos... E esses cd´s arranhados...sempre estive mais ali do que em qualquer canto que esses passos distantes me levaram.Se eu fechar meus olhos,posso escutar os sussurros desse canto,que foi de tantos “meus”que me conhece,mesmo desconhecendo na maior parte do tempo. Quem sou eu, o que eu fiz de mim?Porque sorrir?E esse clima morno, morto, estável, detesta quando me sinto bem, não sou eu mesmo estando aqui. Por trás de todos esses sorrisos,as lágrimas.Lágrimas que me marcam e me dizem que sou eu que estou aqui,mesmo refletindo tantas faces...Eu tenho que morrer para ir em frente,eu não pertenço a esse mundo,eu não pertenço ao tudo bem,ao prático...Porque isso...não sou eu.E se não me vejo,deixa de existir todas as horas .
Confesso, Confusão confessa... controvérsia.
Dê-me um pouco de mim, um punhado só... Um gole vazio já serve,só para sentir nos lábios o gosto de minha própria língua.Me dê um pouco de mim,qualquer suspiro basta,nem que seja uma visão obscura,qualquer lágrima serve...Só para sentir meu corpo em mim.Me dê motivos para te odiar só por um instante,só para sentir um pouco de mim que conheço em ti.Me dê um trago de saudade,um ponta só,que seja inebriante para que eu sinta meus pés descalços tocando o teto,no meu redemoinho,no meu furacão de lições vazias.Me deixe falar sozinha e resmungar qualquer refrão ordinário de um bolero Burguês...Me deixe te amar outra vez e só um pouco,permita que eu puxe seu cabelo de vem em quando...Deixe que eu fale palavrões,palavras ordinárias de um reprise mal feito...Me deixe ver a sombra de mim...quem sabe,assim,me reencontro.
Não preciso amadurecer, eu não combino com o verde. A faculdade é um asilo de retardados,eu gosto das minhas unhas...E quero arranhar meu rosto todos os dias,para tirar esse sorriso vazio,falso,vergonhoso...Maldito.Não preciso de méritos para ser boa,nem de façanhas para ser má...Preciso de tinta e papel...Domino reis em um traço e mato mocinhos com um ponto.Entre virgulas inexpressivas tento me colocar.
Entendi errado o que era ser humilde,não preciso deixar de existir para não magoar...Eu mudo de direção ...O ridículo de ler o manual de instruções é aprender a montar e desmontar encaixes pateticamente [in]perfeitos.

*”A mentira que vai te alcançar,as coisas que o dinheiro não pode comprar...Aonde quer que eu vá,levo você no olhar.”

*Trecho de alguma canção
Desconheço bem, aquilo de que falo tanto. Olhos as migalhas dos passos,poeiras de mundos contraditórios e nunca existentes.Escrever para brincar de viver,e quem tem medo de viver...Senta,sente,conversa.Não tenho o que dizer,me sinto insignificante e não quero que deixe de ser assim...Sou rei na minha terra,mesmo não sabendo nada de mim.Mudei as cores,fiz poses,criei histórias,encontrei alguém...Fiz de tudo,nessa busca infernal de se reconhecer...E foi assim que me perdi,do pouco que achei em existir.Caixas vazias,letras me contornando.Prefiro o diálogo mudo,as vozes me deixam tontas...Preciso de tempo para respirar,tempo para pensar,tempo para pulsar...Preciso me sentir.Procurei nas coisas que desconheço,qualquer verdade para sentir.Descobri corpos e movimentos,cobri de vermelho os lábios descolorados,senti perfumes,me perdi em toques,afoguei todos os momentos eternizando em letras,como fotos de um lugar que se marca para nunca existir ali...Ou como uma melodia,vagando e escrevendo para dizer que estamos firmes ao mundo de invenções que meus olhos registram nesses momentos.Eu não preciso de nada,basta olhar distante,por cima do muro...Todos os muros .Todos os mundo idiotas bem guardados,somem agora e fica...Eu,meu dragão,lápis coloridos sobre folhas negras e uma caixinha de música antiga.
Meus olhos manchados,nunca dizem a verdade.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Inconstante

A manhã começava agitada.

Apitos, confetes, máscaras, serpentinas...

Tudo se torna mais fácil quando estamos nos escondendo.É uma posição natural,traço dos Mamíferos.Somos protecionistas,é instinto proteger o que é nosso,como o tesouro mais sagrado,nossos medos,nossas crenças,nossos planos e o destino de nossas mochilas.Andei lá fora,sentindo o vento da manhã que,em minha opinião,é o mais delicado,deve ser por isso que as flores são tão lindas.Senti a terra sob meus pés e imaginei a força que Ela exerce sob meus passos.Uma vida dentro da vida.É assim que imagino a minha.Senti que retrocedia o tempo,parei onde era eu,apenas algo em uma bolha d’água.Pude ouvir tão claramente o coração da minha mãe,eu sabia onde estava seus segredos,eu soube onde estavam suas dores.Toquei minha nuca e me senti ali,em cima do muro das verdades,a natureza nua do ser humano me fascina,me comove,me atormenta.Olhei a árvore e percebi que algumas flores estavam murchando,e outras nascendo.Imaginei como funciona o segredo ali,a grande árvore conhece todo o ciclo,é o milagre.Enquanto as flores colorem e encantam sua vida,enquanto as flores choram e cantam,enquanto elas tocam o vento e sentem como se fosse a primeira vez que estivessem ali,Ela,a árvore conhece tão bem o destino de cada uma,assim como suas falhas.Ainda acredito que flores e folhas se vão quando decidem ir e isso não torna a árvore menos mística,ao contrário,Ela me torna parte do Mistério.

Possibilidades...

Lembrei-me que você lida com anagramas, talvez sejam sim, os números um dos segredos do universo. Eles provam que tudo é infinito.Respirei fundo,ainda com as mãos sobre a nuca.Ouvi meu cachorro latir,e lembrei que seres precisam de alimentos,e nós,não somos tão diferentes assim...

Lucky

Resgatar canções antigas é um modo de contemplar o que se é, se foi, pode vir a ser. É como saudar todas as primaveras que se arrastaram até aqui e sentiram tudo o que você sente.É bonito imaginar que a dor é solidária,que talvez sentir e sonhar ainda faça sentido.Minhas anarquias estão frágeis e minhas crenças apagaram-se como borrões de tinta fresca em páginas umedecidas por reflexos instáveis quando se escreve sobre seus próprios retratos.Ainda acho fascinante a idéia de comprimir sensações e vidas em palavras.Espero conseguir,um dia.Algumas pessoas desenham,outras conversam,outras pintam...ainda acredito que o trabalho mais bonito é o essencial,o que fala por si e por suas vontades,os trabalhos anônimos de pessoas inspiradas.Apesar de ser implicada com pessoas,analisando agora,percebo que elas também podem ser bonitas,a individualidade também me cativa,me comove e me move em direção a mim.Ainda acredito que devo fechar meus olhos e me atirar na chuva,só eu sei o que gotas vindas das estrelas provocam em minha alma.A noite é silenciosa apesar dos gritos aqui dentro,apesar da vida lá fora...o que aprendo com isso?A respeitar outros mundos.
O silêncio permite afagar a alma. Não faço promessas, mas me lembrei de não buscar emoções passadas para deslizar lágrimas pelo rosto. Embora sinta saudades de chorar,nessa madrugada,em especial.A maioria do tempo eu penso sobre tudo,sobre todos,imparcialmente.Imagino coisas e destruo pontes que eu tanto teimo em construir,na maior parte do tempo que dedico a cuidar dos problemas de outrem.Gosto de escutar as pessoas,embora isso te deixe sem argumentos ou respostas apropriadas.Eu sei que conheci minha dor e ela não era feia.Era uma dor de aura pura...Quando se olha nos olhos do desespero,muitas coisas deixam de ser importantes.Sim,somos narcisista,gostamos de olhar para dentro e exibir o que temos de melhor.Exponho aqui,todos os lados que percebo,todos os papéis que ocupo,eu sigo em frente e recuo...
”Dois passos para frente, três para trás”.
Lembro do seu sorriso quando me disse... ”É simples,basta andar de costas nos 3 passos importantes e olhar o caminho nos dois passos conseqüentes,mesmo recuando você vai em frente”.
Eu detesto quando você tem razão... Eu gosto de ser cabeça dura.E gosto de te morder.
Algumas músicas que conheci ontem perdem o encanto hoje, talvez seja assim, músicas são reflexos do que se sente. Não quero sentir mais que dor,hoje.Mas a dor conhecida,aquela que afaga meus cabelos,fazendo dos sonhos,canções de ninar desconhecidas,porém bonitas.O caminho novo é sempre bonito,ele possui cores novas.Preciso aprender a olhar as cores em movimento,acho que pela primeira vez,preciso dar um passo em direção ao país das flores.País que não deixa de ter espinhos ou deslizes,mas um país feito de promessas,vale a pena caminhar quando se tem onde ou para quem chegar.
Acredito...

Sonhos e folia

Embora eu fosse dormir, a folia continuaria... Não sei onde ela seria mais barulhenta, se dentro ou fora de mim. Observei se as portas e janelas estavam fechadas, não sei se queria proteger a casa ou trancafiar a mim. Deitei,embora a vida pulsasse,controlei e ordenei meus pensamentos. Imaginei diálogos, conheci pessoas, que talvez, naquele instante, representasse a mim. Tive sonhos escuros,sombras envolventes,lugares úmidos.Sentia ao sonhar,que meu ser se esgotaria ali.Caí em sono profundo,o breu é reconfortante,ele me esconde de mim.Acordei em plena madrugada,retirei seu braço de minha barriga.Caminhei lentamente pela casa,abri a porta dos fundos e cheguei a varanda.Chovia suavemente,levantei os braços em sinal de respeito ao equilíbrio,abaixei a nuca e senti as finas “faíscas”de água tocarem minha pele,meu cachorro latiu.Ele tinha algo nos olhos amendoados,senti que ele conseguia ver minha alma despida,ali.Levei as mãos na nuca,saudei os elementais e voltei para a cozinha.Analisei a estrutura de uma semente de pêssego,existem detalhes estranhos até mesmo nas coisas que gostamos.Sentei na frente do computador,meu confidente.Tentei escrever alguma coisa ali,mas tudo girava no antes,no que me levara a estar ali.Ouvi seus passos em direção a sala,abaixei a música e tentei me concentrar em algo superficial.Não quero,hoje em particular,que você saiba sobre mim.Algumas coisas suas me lembram música.Seus passos embriagados de sono,são engraçados.Me pergunto como pode sentir falta de mim,até nessas horas.Sentir falta de um corpo inanimado,refletindo e flutuando no silêncio dos deuses,um corpo que é templo das mais tempestuosas emoções,um corpo que não se deixa conhecer,um palco para uma mente compulsiva,apaixonada por letras,cores,cheiros,tecidos,estações e detalhes.Sorri.”Você é mesmo um grande homem”,pensei.Fingi que não vi você me olhar,com uma expressão mista de sono e ternura,afastei o corpo para o meio do sofá e deixei que você sentasse ali,comigo.Nesse momento,embora queira estar só,eu gosto da sua companhia,eu gosto do seu silêncio e gosto do seu olhar.Senti seus braços sobre minha barriga e seu queixo apoiado em minhas costas.Continuei a escrever,fazendo inexistente detalhes que preencheriam minhas folhas,mais tarde.
Você não vem dormir, moça? Sua voz ecoava em mim.
Daqui a pouco, meu anjo!Respondi. Embora a minha vontade fosse de te mostrar a língua e fazer você sorrir.
Deixei você adormecer ali, aqui, tão próximo que me senti em ti.E continuei escrevendo.
Não sei o que consegui dizer, nem sobre mim, nem sobre você, nem sobre meu teatro egocêntrico. Sei que gostei de ver você dormir,tentando me proteger de mim.Lembrei da sua proposta sobre o casamento,me senti feliz pelo que respondi.Embora,ainda tendo tempo e planos inacabados,gosto de te imaginar me esperando.Sem cavalo branco ou monstros em um castelo,mas ali.Olhando para mim e pintando a parede de vermelho.Talvez seja bonito terminar um capítulo assim,com sangue sintético abrigando um quadro abstrato e uma escrivaninha.Talvez a vida calma,também valha a pena.
Beijei sua mão,te acomodei no sofá, e voltei ao quarto, onde consegui suavemente adormecer.

sábado, 21 de fevereiro de 2009


E começava o baile de máscaras.A vantagem de ser bipolar é poder vestir-se de quantas vidas você conseguir imaginar...
E contemplar...
Senta-se no muro e observa o desfile dos sentimentos,em um passo tornar-se vilã e heroína,em um deslize sonha-se e contróis verdades escondidas...
As pessoas brincam lá fora e o barulho me corrói,detesto coisas não mórbidas,meu humor negro,me prende nos laços de Nero,na canção da harpa.
Enfeitei a casa com espelhos e não consegui me encontrar...
Todos os reflexos de mim,ali...Em um beco em que não conseguia me encontrar...
Os convidados chegam,eu preciso sorrir...Preciso me fazer presente ali...
Nos intervalos,o banheiro é refúgio e o sorriso banhando em lágrimas me envergonha.
Eles dançam,comemorando o dia da liberdade,como não percebem os muros ali?
Todos mascarados,todos insuportáveis...
Grito,fecho a porta...
"Já era esperado coisas assim",diz um...
Enquanto ele...ele bate na porta e pergunta se está tudo bem.
Me afogo em mim,não é justo fazer isso com ele,mas não posso viver sem mim.
Silêncio e mais um toque..."Você está bem"?
Ligo a torneira,em resposta.
Ele sorri...
A maquiagem se desfez,os cabelos tão bem presos,tão bem enfeitados,estão soltos agora.A boca vermelha,torna-se incolor...
Ele olha,e me abraça...
Meu mundo se perde,mas tenho um sentido vivo e intacto...
Ele toca meu rosto..."está tudo bem,agora"
Não preciso mais fingir,nem fugir...
Coloco o pijama antigo,do mickey...gosto de procurar conforto na infância...
Ele me coloca na cama e deita ao meu lado,e apenas fica ali...
E quando paro de soluçar,beijo sua mão...
Ele me fita,ainda.
Mesmo que eu continue a dormir.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Água morna e sabonete...

Então,resolvi tomar banho,ainda sob os efeitos lúcidos da caminhada.Imaginei-me em uma sala de aula,explicando revoluções...Segui a linha que sigo,de ir ao fim de uma busca sem fim,e me perdi nos seios dos milênios.Expliquei aos universos em construções,todos eles,ali sentados,inquietos,eufóricos,tímidos,debochados.Expliquei sobre as revoluções de um tempo que não era meu...E dos sussurros que dei à pessoas que acreditei como líderes...Falei-lhes das conspirações de um herói fracassado,perdido entre tantas portas falhas.Estimulei sonhos,conquistas,aventuras.Contei-lhes da revolução estética,tão inútil,que assolou a era em que,eu,sonhei construir revoluções com ideais extintos.
Contei-lhes que por mais solitária que seja a causa,nós pertencemos à ela,somos reflexos do que acreditamos.
Senti a água morna tocar meus ombros...e assim despedi-me dos meus alunos imaginários,sentindo o quanto ainda tenho para aprender,ainda que presa a moldes ordinários,de desejos estúpidos de uma maioria,com pegadas revolucionárias.

Um herói em extinção...Conspirando para futuros aleatórios.

Estive andando por ai,vendo as cores que se multiplicam sob os olhos quando se está disposto a comtempla-las.Estive andando por ai,vagando por todos os meus escombros,sentindo o cheiro da vida,a intensidade de cada detalhe,os contornos dos milagres anônimos.
Estive por ai,respirando e aspirando cada pensamento que consumia minha atenção mesmo que por raspas de segundos,ora bons,ora profundos.
Estive andando por ai,esquecendo regras,não fazendo nada,sentindo o gosto do ócio de andar,só.Andei por meu próprio movimento,segui a vontade de meu corpo...Não cheguei à conclusões,nem a lugar nenhum...Sei apenas,que o caminho de volta não foi o mesmo.
Sim,o pior obstáculo é dar o primeiro passo,ser clandestina no próprio caminho.Embora que,vagando anônimante,a caminhada ganha mais sentido.
Olhei as portas fechadas e senti o vento,imaginei o que se passa naquela silênciosa orgia de mundos fechados.Senti,e apenas imaginei e fui,fui sim,personagem em cada um dos milhares de anagramas históricos que imaginei caber ali.
Senti todas as dores,senti medo,fiquei alegre,chorei,dormi,liguei,solucei,vi as veias pedindo salvação,vi o conforto problemático,sentir e senti,sem reações...

Ninguém é vazio...
Todo pouco cabe um mundo.

sábado, 14 de fevereiro de 2009




Faz tempo...

Eu andava por ai,em um conto cinza...


Foi quando um timbre me chamou atenção,era uma canção de promessas,repleta de desenhos...Estrelas,dragão,borboletas...
Decidi ir e segui a canção...Do timbre se fez sorriso,e da canção se faz uma vida...Que começa todos os dias...
Vida que pulsa,oscila,aperta,abraço...Sente,chora,liga,flores...E esse sorriso que colore.Do cinza,nasce a parede vermelha,e as dores,são tulipas escondidas...Das suas mãos,surgiu meu porto,uma memória que adormece comigo e acorda...




Nossa vida,meu amor.

Estou triste hoje e ninguém percebe...
Porque estou humorada...
E o humor é desespero.

Garotos brincando com seus calções coloridos,enquanto meninas rabiscam folhas decoradas....
Eu sinto falta de você,eu sinto falta de você,eu sinto falta de mim.

As meninas fortes são engraçadas,elas simplesmente sabem sorrir,elas nunca dizem nada grandioso.
Garotos brincam com seus calções coloridos e meninas rabiscam folhas decoradas.
Meninas usam cores nos olhos para disfarçar lágrimas e meninos simplesmente assistem futebol...
Meninas sabem desenhar lágrimas tão bem e meninos desenham carros...
Meninas colorem com flores os cabelos...Que ...ah!Os meninos desprendem tão bem.
Meninas se perfumam e meninos se divertem...
Meninos tocam simplesmente e as meninas sentem e apenas sentem e desejam...
Que sintam eternamente.

Garotos brincam com seus calções coloridos e meninas rabiscam folhas decoradas.
Meninas usam cores nos olhos...e você assiste a música na janela...
E eu sinto falta de você,sinto falta de você...
Eu sinto falta de mim.

Existe tantos no mundo com seu nome...
E ninguém é como você...
Me abrace,por favor...
Eu sinto falta de você,eu sinto falta de você...Sinto falta de mim.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Eu queria,as vezes,que você me olhasse enquanto eu estivesse dançando na chuva...
ou andando de um lado ao outro do quarto,preocupada com alguma emoção aliviada...
Na música!

Eu não acho que fico bem parada,eu não gosto de ficar quieta em fotos...Eu gosto do meu sorriso agora,e gosto de morder as maçãs...doces como seu sorriso.
Eu falo muito e muito rápido e você respira enquanto diz " Sua voz é linda"
E eu estou feliz agora...
Agora que sou sua garota "bonitinha"...

Você me faz tão bem,tão muito...tão muito...muito..
Tão feliz...
Dançando comigo na chuva ou flutuando em nossos planos de bolas coloridas no teto...
E a chuva cai fina,agora,molhando o vidro...
E eu só queria guardar esse minuto...
E esse seu sorriso,segurando minha mão...Ainda adormecido.

Eu estou feliz agora...
Agora que sou sua garota "bonitinha".
Agora que escutei que sua voz e ouvi seu sorriso...
Estou feliz agora,porque sou sua garota "bonitinha"

Acho que deixamos de fazer inúmeras coisas com propósitos bem maiores que os de nossas intenções,por medo do ridículo...
Creio que hoje,em especial,seria um bom momento para se criar pontes ao invés de muros.
Retirarmos o peso das horas que,por vezes,nos obriga a criar imagens fictícias de nós mesmos e nos atirar ao moinho de vento que somos feitos...
Um turbilhão de incertezas remando contra vontades...
Não existe motivos para lutar contra o que se acredita...
Existe o ócio de ir em frente.



*"Mas quem tem coragem de ouvir,amanheceu o pensamento,que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento"


Que assim seja,sejamos e deixemos ser...Apenas Dom Quixote,as avessas...deixando fluir o vento da conversa poética dos moinhos com o tempo...

Iluminado momento!


*Trecho de alguma canção

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


Existem sim,lágrimas...
Mas não são de pêsames,nem de histórias passadas,não são de blues,nem de porres...
São cristais de luz...
Da luz que emana do teu sorriso...E do modo como faz tudo ficar bem...
Dançando na lua.




*"O real não está no início nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia"


* De alguma e toda Luiza

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Caminhos


Realmente...

Tudo oscila,meu amor...

Os cheiros,as cores,as lembranças,as canções...

Tudo seguindo uma mesma rotação...um mesmo movimento secreto...A rota do destino...

Coisas oscilam,algumas se perdem,voltam,partem,ficam fortes...É tudo um moinho.

Crenças,apego,medos,histórias...E nós,no meio de tudo isso...nós e nossas mãos unidas.

Obedecendo uma rota desconhecida...Cavando a sepultura dos atos...Libertando...nossa mente.

Alimentando passos...

E tudo vai indo,meu bem.

Tudo...

Sereno,turvo,escuro,úmido...

O grito,o beijo,o encontro e a escolha...

Tudo nessa teia,chamada destino.

Podendo ser folha ou porto...

O que importa é estarmos bem...Perdidos,com mãos unidas pelo tempo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Imagens


Imagens distantes de dias coloridos, de dias sentados na grama, noites com estrelas... Imaginei que você fosse como Seth,olhava nas nuvens os desenhos do meu caminho,desenhos feitos de areia...desenhos contornados de flores,ansiei tanto por um retrato em preto e branco,por um jeans,por uma certeza de alguém revolucionário... Imaginei um super herói, um refúgio quando o mundo me deixasse doente... Eu estou tão perdida,por favor me responda...qual o peso do teu sono,qual o som da tua voz,qual a tua letra preferida,de qual canção se faz sua vida?Colhi flores do tempo que me fazem ir longe, dormi com pó de asas de fadas, adotei versos de dores cristalinas, me apoiei em momentos puros... Me diga,por favor...Se ao menos,imagina meu rosto...Se me desenha em palavras,eu sei que sou pouco...pouco que se quer,pouco que se sente.Você me falaria a verdade?
Bastaria só um reflexo, não gosto de cenas alegres, bastaria... Bastaria apenas um sorriso,nem precisaria revelar o mistério.
Será que já andei onde você estava?Será que já dividimos a mesma escada, o mesmo pêndulo... Você era tão jovem,tão frágil...eu sou igual a você.
Eu gostaria que soubesse que eu não sou nem magra, nem bonita, nem baixa, não gosto de barulho... Eu prefiro o silêncio do meu sonho.Por favor,diga a ela que eu sonho,ela não acredita...Eu não tenho forças para provar o que sou,nem palavras para dizer o que eu sinto...Então por favor,guarde o pouco que brilha em mim como parte de um sonho que não existiu,mas que consola quando se está perdido no meio da noite,guarde meu amor,como refúgio em um pesadelo em que você estiver sozinho.
E se for um anjo, que esteja comigo... uma vez ou outra,nem precisa ser muito...e que me ajude...a mergulhar todas as coisas em seu sorriso...
Um sorriso, imortalizado na alma de um papel... E nos sonhos coloridos em preto e branco,de uma emoção pálida.
Fica bem,meu querido [dês]conhecido.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

14


Seria uma data importante...Datas sempre são importantes quando existem pegadas na memória.
Sempre penso que tenho você comigo,andando e me sentindo em todos os momentos.Gosto de imaginar teu olhar,com um toque até paternal.Gosto de imaginar você sentir meu sorriso.
É só uma data,eu sei.
E deveria ser importante.Ninguém deve manchar com tintas da alma,folhas que não quer se encontrar.Eu sei.Sei ser um rabisco mal interpretado,um deslize,um golpe do destino.
Sei e reconheço minhas interpretações.E a beleza dessa data me leva longe.
Um tempo em que o tempo era só um projeto,deslizes.
Imagino as cores e canções que foram aniquiladas,imagino os momentos e as histórias.
Você me fez falta,e gosto de ser como você.
Isso me leva a continuar.Quero sofrer o hoje e entrar em luto.
Quero simplesmente te dizer que amo mesmo,mesmo sem entender.
E que sim,eu imaginei todas essas noites,que você ficava na janela me olhando dormir e desenhando os melhores cenários,para que eu jamais esquecesse que sonhos valem a pena,se você acreditar que eles existem.
É só uma data,eu sei.Mas é o momento em que me guardo e me volto para você.


"Você pode dizer adeus a sua família e a seus amigos e afastar-se milhas e milhas e, ao mesmo tempo, carregá-los em seu coração, em sua mente, em seu estômago, pois você não apenas vive no mundo, mas o mundo vive em você."
(Frederick Buechner)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


Fortes,são os que se submetem a hipótese do fracasso por fazerem de suas crenças o ideal que se precisa para respirar.
Encontrar algo que te faça ir além,questionar a própria vontade de se conter,contemplar anarquias e reformular dogmas.
Toda trajetória é incerta,toda certeza de um passo é o conforto do que se espera.
Eu sigo,por mim,por você,por nós.
Eu também quebro,sou frágil,gosto das minhas correntes.Gosto do meu sub-mundo,gosto de estar trancafiada a mim.Ao ser que construi,ao ser que quero levar adiante.
Não existem mudanças,existe motivos coloridos que impulsionam...
Borboletas,gramados,luas e flores na janela.

Timidez


Para falar que você me faz bem...
Para falar que em todos os momentos,encontro paz no teu olhar...
Para falar que teu silêncio é confesso...
Para falar que o céu,abriga sonhos cristalizados,tão intenso que pulsam,enquanto os passos,as tornam cadentes...E assim nasce nossas rotas.
Para falar que sua voz me acalma,me socorre,me encontra...Não sei mais andar sozinha,porque sei que meus passos são refúgios dos teus e isso conforta minha necessidade de ir além.
Para falar que o tempo é ansioso,mas espera quando acredita que o que se tem é suficiente para toda a existência.
Para falar que sim,eu me pergunto se você se lembra de mim antes de dormir...
Para falar que a felicidade é grata.E agradece pelos momentos em que está aqui,seja ai,ou ao meu lado.
Para falar,que sim,minhas mãos tecem agora,caminhos para a sua...
E sim,meu amor,eu estarei sempre aqui.Esperando...
Para falar que sim,te amo e que você é importante para mim.

Barulho


Águas tocando o teatro das estações.

Milhares de emoções desfilam nesse momento.Não sei em qual focar e fincar,as mais variadas formas de inteligência se comovem nessas horas.É tudo tão calmo lá fora,tão bonito o desconhecido.Tão hipócrita o que se controla.

Não reconheço meus passos,não me contenho.Escrever,as vezes,faz dos atos reprises.Não gosto do que desconheço.A atração pelo inevitável machuca e confunde.

Não sou um simples mamífero,que cede às suas necessidades,amparando-se em dogmas morais,para sustentar suas fragilidades.Sou mais zumbi do que me condeno.Isso faz de toda euforia,algo clandestino.Distante,intocável,contemplável.

Tento buscar na memória,quadros semelhantes,não consigo escapar da fuga.

Quero algo simples!

Complicar é um fato,nessa personalidade que anseia por uma compreensão menos primitiva.Não gosto do aceitável.

Sou uma negação.

E nego,enquanto puder.

Condeno a indiscrição,resmugnado palavras ousadas.Até mesmo por psêudonimos.


Quero apenas,ser o que era.ficar quietinha ali,debaixo das escadas,escondendo o rosto em suas mãos...tudo parece puro.

Tudo é uma paz suspensa...Não me deixe sozinha comigo mesma.

Não gosto do que vejo no espelho e envergonho-me das manchas na alma.


O que irrita não é a água que pulsa.Mas,quando ela não pulsa.

Declínio




Condenar a não ser.


O que importa o que sou?


Todo rascunho pertence à um texto,parte de uma criação,uma vida surreal,tão nítida,que vira palavra.


O que importa o que sou?


Todo comportamento nasce de uma análise,não me condene.Não sei se sou o que faço,mas vejo reflexos de mim em todos os becos.Em todos os refúgios...Declínios,deslizes,toda vírgula provoca uma excessão...


Um monte de palavras sentimentais.


Não importa o que sou,não importa meus passos...


Siga a trilha e veja o que descubro,sinta o que sinto,dispa-se de seus pudores,conceitos,vista a minha pele...


Costure e faça parte dela!


Viva apenas um dia e me diga o que importa.Me diga o que sou,porque sou e o que quero.


Inquieta,toda ação provoca um declínio,essa é a reação do delírio de um ser imcompreensível de si e tirano com seus atos.


Me mantenha presa por favor!Existem monstros debaixo da cama...




Existem monstros de baixo da cama.Seja uma boa menina...


Existem montros debaixo da cama...Seja o que você conhece e evite descobrir-se.Orientação é desperdicío e essa rota,leva ao fracasso.




Sussurre:




Existem monstros esperando declínios...Existem demônios anseando por suas vontades.Seja uma boa menina...Há mãos embaixo da cama...Mãos que sugam e levam para baixo.Seja uma boa menina...


Ou sobreviva com seus fardos,vivendo de hipocrisia.




Mantenha seus fantasmas no quarto,ou viva sozinha.

Setas


Não quero conhecer nada além de nós.

Me fecho,nesse instante para o mundo lá fora.As cicatrizes nos pulsos,queimam agora.

Existe muitos lados verdadeiros de uma mesma mentira,e não quero saber qual deles preencherá minhas verdades.O fato é que me dissipo do que posso ser,para ser o que fui.

A estática,me parece agradável agora.Sinto o cheiro de rosas,mensageiras de uma solidão conceitual.Não quero mais ouvir o pulsar das paredes,nem ter a confiança de recomeçar uma vida com feridas em aberto.

Estou cansada de me atropelar e viver meias verdades,reflexos de meios intervalos de inconsciência.Minha dor é fato.E o labirinto é expansão.

Quero apenas sentar ali,depois de muito andar e contemplar as flores na janela,olhar ao lado e te encontrar.

Não quero sufocar nenhum fato,é de você que vem o meu refúgio.Essa nuvem negra não é de algo que não se aceita,fica escondido,calado,desprotegido.Estou ao seu lado.


E dos passos mútuos,se faça agora nosso destino.

Não se sentir


Olho as coisas no chão, coisas que se intitulam minhas. Olho os brincos pendurados,sonhando em roçar os cabelos soltos.Olho os sapatos,e todas aquelas cores ansiando por um chão ainda não tocado...Olho as roupas,todas iguais,tem muito de mim nesse quarto,e nada do que sou está aqui.As cores nas paredes,tão delicadamente escolhidas,ainda assim,preferiria quando elas permaneciam rabiscadas.Ouço,respiro e paro,todas as melodias tristes fazem parte de mim.Algo tão jovem e tão sem vida.Minhas asas se prenderam aos pés da cama.Decoro o trajeto dos azulejos,lembro de vozes fracas.A noite pulsa lá fora.Ouço o silêncio e o sorriso das crianças,estar morta,nesse exato segundo me magoa.


Observo as pessoas que nunca choram...eu procuro insistentemente motivos para sonhar...

* “Tudo bem querida, agüente mais um pouco. Agüente por mim e agüente por nossa vida”

lembra...


Coloque-me em suas asas negras e me leve daqui. Por favor, esteja comigo, me abrace, me prove que é tudo diferente do que vemos. Que o mundo além de nós,pode pulsar devagar.Ouça a chuva lentamente,aprenda com a queda das gotas a forma de se voltar ao chão,do que se é.Me proteja de toda essa confusão que pulsa em meus pés.Me expulse,anjo,desse falso paraíso.Não me deixe tocar o chão.Por favor,me ensine a voar.Me deixe ser seu mundo.Esconda o meu eu em algum lugar que fique difícil pegar.Seja meu momento,forme o meu mundo,preencha as lacunas do tempo.Colore,com seus sonhos meus jardins em inverno.Que o toque seja,repouso.Não faça barulho,algumas emoções podem despertar.Por favor,deixe que fique apenas o que conhecemos.

Que fique o que tem em mim e o que carrega em si.Me envolva em tuas asas,não toquemos mais as verdades alheias às nossas.Sussurre”Está tudo bem,amor”.Não me abandone,por favor.


Precisamos do duo,para pulsar.

Confessa confusão



Vermelho e uma boca. Toda sedução à prova de uma renda.Todos os fetiches nesse teatro de marionetes.

Escrevo... Quente,forte,úmida.
Contorno o sussurro de um toque inexistente. Gosto de desenhar aquilo que você ainda não entende.Eu sei,a abstração é meu refúgio.É onde bloqueio o que descontrolo.Me entregando ao ser que se rasga e tece suas vontades.

Vermelho e uma boca. Toda sedução à prova de uma renda.Todos os fetiches desabrocham,no intervalo das marionetes.

Eu costumava fechar os olhos e cantar bem alto,ter certeza do que se sabe,abafa o medo de se desconhecer. Não sei ao certo,qual caminho me pertence.Deixo meus pés balançando ao vento.Espero,realmente que ele me encontre,onde,ainda permaneço escondida.Desesperos e seus deboches.Ainda me sinto ali,encolhida.Não pertenço a lugar algum,todas as emoções me preenchem.Fracassa-me aceitar que sou o que não depende de escolhas particulares.

Bastidores!Enquanto observo tuas vontades, aprisionadas em vidros de encanto. Me dói saber que você pode se tornar o que sou.Sendo,minha aflição,tornar-se parte do que não sou,também.Detesto a imoralidade e seus clichês imortais.Ainda estou presa atrás das janelas que me permitem ver a existência de nós dois.

Eis aqui a parte de mim,que gosto em ti.

Dança,agora,na fumaça a vida de outrem do mesmo eu.

Vermelho e uma boca. Toda sedução à prova de uma renda.Todos os esboços e seus vapores.Toda emoção ressuscita uma necessidade de te fazer presente em todos os meus argumentos.

E esse seu sorriso,que desmorona toda a vontade de ser inexistente.