domingo, 20 de junho de 2010




Era só conversa,só sorrisos manhosos esperando a hora de abocanhar a tua boca e fazê-la minha.Era só arrepio,revelando em sussurros,em palavras,era só a dança.Era só a noite que desapontava lá fora,éramos nós dois,ali.Dois corpos embalados ao infinito,dançando sob a meia lua.Eram só sorrisos,só mordidas,esperando...A hora de abocanhar a tua boca e fazê -la minha.
Era só manha,que fugia dos teus carinhos,era só birra,dissolvendo no seu pulso forte,no seu cheiro,no seu suor.
Era tempo mudo,era noite nova.Era a tua boca conversando com a minha,revelando os segredos das nossas almas nuas,nossas,tuas e minhas.
Só nós dois ali aguardando o sinal do outro,o sim das tuas mãos sob o meu corpo.Só nós dois ali,esperando a manha do outro se desdobrar e abocanhar,a boca um do outro.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Gravitropismo positivo




“É na verdade, como uma doença,como se eu fosse obrigada desde antes de mim,a sentir com Ella sente, a me preocupar com o que ela se importa...compartilhar da mesma doença e destruir a mesma visão de um tempo bom.É como se eu me obrigasse à persistir em 18 infernos,reprisando,para compartilhar de um verão bom.O que eu não percebo é que no mesmo momento em que solto minhas mãos,aperto meus pés.Talvez eu não saiba o que é ser livre...talvez eu nunca seja,de verdade...Eu sinto que estou doente e é na minha mente que esse teatro ganha vida.”