quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dê-me um pouco de mim, um punhado só... Um gole vazio já serve,só para sentir nos lábios o gosto de minha própria língua.Me dê um pouco de mim,qualquer suspiro basta,nem que seja uma visão obscura,qualquer lágrima serve...Só para sentir meu corpo em mim.Me dê motivos para te odiar só por um instante,só para sentir um pouco de mim que conheço em ti.Me dê um trago de saudade,um ponta só,que seja inebriante para que eu sinta meus pés descalços tocando o teto,no meu redemoinho,no meu furacão de lições vazias.Me deixe falar sozinha e resmungar qualquer refrão ordinário de um bolero Burguês...Me deixe te amar outra vez e só um pouco,permita que eu puxe seu cabelo de vem em quando...Deixe que eu fale palavrões,palavras ordinárias de um reprise mal feito...Me deixe ver a sombra de mim...quem sabe,assim,me reencontro.
Não preciso amadurecer, eu não combino com o verde. A faculdade é um asilo de retardados,eu gosto das minhas unhas...E quero arranhar meu rosto todos os dias,para tirar esse sorriso vazio,falso,vergonhoso...Maldito.Não preciso de méritos para ser boa,nem de façanhas para ser má...Preciso de tinta e papel...Domino reis em um traço e mato mocinhos com um ponto.Entre virgulas inexpressivas tento me colocar.
Entendi errado o que era ser humilde,não preciso deixar de existir para não magoar...Eu mudo de direção ...O ridículo de ler o manual de instruções é aprender a montar e desmontar encaixes pateticamente [in]perfeitos.

*”A mentira que vai te alcançar,as coisas que o dinheiro não pode comprar...Aonde quer que eu vá,levo você no olhar.”

*Trecho de alguma canção

Nenhum comentário:

Postar um comentário