segunda-feira, 28 de dezembro de 2009





Não adianta esconder
Gritar comigo e implorar um sorriso
Não adianta me tocar e tentar me abraçar,eu estou distante,agora.
Não adianta estampar a casa com fotos da minha infância,você também não estava lá,não é?
E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam vento.
E eu,eu vivo de tempestades,minha querida.

Você quis ser apenas mais uma para a única pessoa que te fez única.
você feriu a única pessoa que poderia te salvar.

E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam vento.
E eu,eu vivo de tempestades.

Então,como uma lembrança de Natal,
Ouça o ruído do seu próprio ser
E lembre se da única coisa que você me disse:

"Por que você não se mata?"

E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam tempestades.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dantefamiliaridade




(Para os filhos da puta,como eu)


Eu fechei os meus olhos para não gritar
E não deixei escapar,pelos meus lábios,a minha dor.
Eu me mantive em silêncio para não te deixar confusa.
Eu fiz de tudo para você ser feliz,
Eu calei a minha dor e sorri,quando você pediu.
Eu fechei os meus pulsos para não te envergonhar com as minhas cicatrizes.
E é assim que você ama?
E os fatos não justificam,mas eu senti e sinto,ainda.
Me rasgando por dentro,me corroendo.
Corrompendo o último fiapo de esperança que eu tinha,
Apagando a última faísca da única estrela que se mantinha sobre minha cabeça.
As memórias não são eternas,eu não perecerei.
O engano,o sorriso ancioso por estar feliz,em calma...e a sua verdade escancarada,estampada no seu sorriso,me perfurando.
Tantos anos pensando em suícidio e o único momento em que precisei do seu abraço,você me abandona.
As memórias não são eternas e eu não perecerei.
Não se vive por aquilo,a que não se dispõe a morrer.
E eu querida,não vivo por você.
Eu sinto muito,mas não desisto e não,não me mataria para te ver sorrir.
Nem meu corpo quer ser tocado por suas lágrimas.
Eu lamento,mas você tem que olhar para mim,olhar para mim e sangrar,ao ver refletido em mim,seu passado vazio.

sábado, 26 de dezembro de 2009




Eu sobrevivi a única coisa que conseguiria me matar

Toda sua





E o seu corpo me chama.
Chama,quente,envolve,mistura.
E nem sei mais qual corpo é o meu,
Ou se é tudo carne sua.
E nem sei se sou eu
Ou você quem me abriga,
E nem sei se sou eu,
Ou você,
Quem me pertence.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

-Com a boca amargando



Nunca tive ninguém para me acalmar,e talvez isso tenha me feito assim,agressiva.
Agressiva,de lua,mimada,errada,babaca e...triste.
Não é muito fácil perceber que as pessoas gostam de enganar,nem é fácil admitir que seu maior vilão é a carência.Nem é fácil manter paredes.E que o que se chama ‘moral’é a imoralidade da raça,apoiada em leis em tábuas.Não é fácil olhar no espelho e se ver partir,e se cortar com cada fagulha.Nem é fácil não chorar.

Houve um tempo em que,só não era fácil sorrir.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tempo Alado



A gente sempre leva nosso mundo nas costas e ele,abusa de sua gravidade e atrai todas as cores compatíveis para perto de nós.E andamos,andamos,andamos...Muitas vezes sem lugar algum a se chegar.Andamos porque não concordamos com a forma da vida.Estamos em constante mutação.E só quem assim vive,sabe dosar suas perdas e se derramar em lágrimas à cada pequena conquista.Desvios não nos interessa,queremos o caminho mais longo,mais belo,queremos emoções,intensidade,queremos os baixos,os altos e meios,e o que vier depois e antes disso e de qualquer coisa.Somos pontos ambulantes e a nossa caminhada não tem um traço definido,ela se apaga e se recorta,se renova e esquece todo o tempo,o tempo todo.E que a nossa preguiça seja abençoada,pois ela nos permite acompanhar o nascer e adormecer do sol,nos permite dividir a alegria de uma gota ao tocar as folhas todas as manhãs,nos permite ficar ali,abraçados,contemplando estrelas.Não,eu não entendo nada e quanto mais me procuro,mais me perco de mim.E nem de olhos fechados,sou a mesma.Eu me permito ser de todos os tons,de todas as vozes e de todos os tempos.Não,não junte se a mim,me conte sobre o seu caminho,não se caminha junto,nesse tempo.Nem se caminha sozinho,pois quem a gente ama não é o outro,é parte da gente,mais que nós mesmos.E temos consciência de que o amor é livre.E temos consciência de que quando encontramos o mesmo,ele transcende e contamina.
E temos consciência de que é de amor,que somos feitos!


E saudadas sejam as borboletas que vivem menos de 24 horas,porque elas se despedem da vida em forma de poesia,enquanto homens,apenas fecham os olhos.

Inflorescência



(Para Chrys)



O leve toque do vento contradizendo a vontade dos seus cabelos e passos
A beleza que se esconde dos olhos e desabrocha em tempo,flor das horas.
A música que revela em dedos e símbolos dourados,o carinho.
O medo do desconhecido que não aprisiona,
Transforma,colore e abre em pétala a força que nasce da sensibilidade.
Nada é mais doce que a agressividade,
Nem a flor que aos poucos abre,é tão complexa.
E a sinceridade que do seu silêncio escapa
É a mesma que se revela no seu sorriso.
Nenhum momento permanece em seu eixo certo,
E minha contradição é clara.
Doce pimenta escondida,desconfiada,oposta e meio tímida.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009




E esses olhos que me descobrem gota a gota
E me torna flor
Flor em pele

Biologia



A Biologia deve parecer tão excitante quanto uma história de mistério, pois ela é exatamente isto.

Richard Dawkins

Então,não me dê lição de moral



Estar ali e não fazer nada,sentir morrer,sem conseguir levantar,olhando tudo por olhos inconscientes.Talvez dormir,não seja pior do que se forçar a estar acordado.Talvez não ouvir seja mais fácil que manter sorrisos.Eu tentarei não lamentar,tentarei não me culpar por me abandonar.
Talvez não haja dor,se não olharmos para trás.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mahasiah



Ícaro,de olhos tão doces que a gente se apega fácil.
Sendo eu,sol
E nosso mundo Terra,tão extenso,grão de areia colorido.
Grito em chuva :Voe alto!
Voe alto e volte sorrindo
E se lembrar,fale baixinho : eu consegui,Sol!













Sucesso,querido!

terça-feira, 3 de novembro de 2009



Uma vida.
Em três,
A mesma vida.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sobre o meu dia-não me peça abraço



Ela desliza os dedos pela borda do copo com meio de mim.
As pessoas passam,deslizam,olham,cochicham e ela permanece parada,sem me tragar,sem me tocar,só estando ali.Foi muito tempo,tempo que nenhuma tempestade pode apagar.
Eu vou me movendo lentamente com a cabeça cheia de palavras,formas,cores...
Dedilhar uma página passada é tocar onde se acha que não dói mais.
Existem milhares de coisas rodando nesse momento e minha cabeça acompanha tudo,distante,confusa...
Soluções não são poções.
E a única palavra que sei,não escrevo.
A vida tem sido boa comigo,tem sido uma mãe amorosa,paciente...e eu,um ratinho inseguro e medroso.
Eu posso gritar pelo meu corpo,eu posso ouvir a chuva,eu posso olhar o tempo,marcando cada detalhe,com uma batida em meu peito.
E hoje,prometi que não vou chorar.
Ela sente meu cheiro no copo meio cheio de mim,meio vazio.
Eu senti falta do meu pai hoje,e acordei assustada,ou nem dormi.
Estou e só estou e nada além de aqui em mim.

domingo, 1 de novembro de 2009

Tento


A música ao fundo,flutuando,
A minha calma decorando teus detalhes
Revelando na ponta da língua os segredos do seu corpo.
Os teus arrepios brincando nos meus dedos
Os meus lábios marcando a sua pele
A tua respiração acelerada na minha nuca
A minha pele que conversa com a tua
As palavras que escapam em sussurros
E o meu sorriso sacana,ao deslizar entre as minhas intenções
E escapar dos teus instintos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

À Lívia




Vendo o dia nascer feliz do lado errado

Não fale assim comigo



E se eu te desapontar,o que vai acontecer?
Você vai me chutar para fora da sua caixa de sapatos?
Eu não morreria por você,então,não viva por mim.
Me telefona quando você perceber que seu amor incondicional é uma condição para tentar me submeter a alguma neurose sua.
Escreva uma carta me avisando que você vai desaparecer se eu não for boazinha,se eu não deixar minhas unhas crescerem,ou não pintar meus lábios...
Escreva uma placa de mãe abandonada e use na sua coleira de boa filha,boa mulher,boa profissional.
Reze por seu sofrimento e me deixe quieta,porque não acredito em pecado...
E se o céu for tão bom assim,
Me telefone e apenas me diga esse amor imortal é apenas mais uma de suas mentiras.

E se eu estiver tão errado assim,apenas me veja partir
Porque o preço do seu amor,é o meu silêncio.
E agora que sei para onde ir,eu vou gritar sempre o mais alto que eu puder,até começar a acreditar em mim.

domingo, 18 de outubro de 2009

Risco





Há alguns mundos em mim
A maioria mudo,vulcão adormecido
Ando sensível,dormindo cedo,falando baixo.
Ando deslizando pelo caminho,chutando a pedra e machucando os dedos
Recitando falas erradas,tentando o contrário.
Ando encarando fantasmas pequenos,ensaiando silêncio,tentando não fazer nada.

E você desmancha a cena em um abraço.

Porque o medo é só o passo preguiçoso.

Colher de tempo



Dois passos para frente,três para trás,nem o giro de 180ºregula o tempo,nenhuma fórmula me encolhe mais.
E o que mudou até aqui?
Os fios vermelhos,as cores das unhas,a forma das palavras,as verdades que não disse e minhas cicatrizes.
O que mudou até aqui,não foi nada além do que já conhecia,antes do início.Antes de me aglomerar em células maiores.
O que mudou até aqui,não foi a forma de ver,mas as palavras cuspidas em meu rosto.
Ainda hoje,pouco me machuca,só as mesmas palavras.
O tempo imortaliza alguns rostos
Congela algumas almas
Arranha corações
E quando,em desespero,mergulhamos em seu turbilhão,voltamos ao início,ao útero do mundo.
Pouca coisa me prende aqui,exceto essa vontade,que por vezes é receio,de afundar cada vez mais nas linhas do tempo e tentar compreender o quanto eu poderia
ter ido em frente,se não fosse o receio de não voltar.
A gente nunca volta a ser o mesmo,nosso corpo encolhe a medida que navegamos e se torna pequeno,pequeno,pequeno,até que,como o início,nos enxuta para algo
novo.Acho que tenho o defeito de ficar muito acordado,acordado sem a medida desse ciclo de horas pequenas.
Mas acordado,mergulhado,coletando cada concha de mim,como um curioso.
Eu sou tão velha e a Terra se recicla tanto e cada vez,com uma nova roupagem.
Não,eu não quero a vida dos que nascem uma vez...
Mas dos que se arriscam a tentar,tentar,tentar,sentir

E tentar de novo!

Arranhões




Eu sei que estou desistindo muito fácil
Brigando com capítulos ainda inéditos
Procurando um refúgio
Eu só queria estar em paz


Se você me odiasse seria tudo mais fácil
Se você me odiasse eu tentaria ser bom
Se você me matasse,eu iria sorrir para você.

Você acha que é fácil te olhar e sorrir?
Acha que é fácil estar com você?
Eu gostaria que o mundo se partisse em pedacinhos...
Eu gostaria de não ter mais que olhar para você,Ella.
Seu amor é meu castigo
Seu amor é meu castigo
Seu amor é meu castigo

Se você me odiasse,seria tudo mais fácil
Se você me odiasse,eu tentaria ser bom
Eu tentaria ser bom
Se você me odiasse,eu estaria sorrindo.
Se você me matasse,eu estaria em paz

Porque eu não consigo sorrir sem sentir seu descaso amargo
Seu amor é meu castigo
Seu amor é meu castigo
Seu amor é meu castigo





Quanto de mim há no teu sorriso cansado?
No teu arrepio,o meu afago.
Quanto de mim está guardado
Na língua
Na lágrima
No tempo
No passo

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ai ai




Meia volta no relógio e passos atrasados...
A mesma lingua,a mesma cinta liga,o mesmo compasso.
Me perfumar em confiança e desabrochar para mim.
Mas sou bicho gente,carne viva,pétala em flor e cravo,também.
Não sou briga de beleza,sou proteção exagerada,sem rancor.
Não me entenda mal,é que,as vezes eu também sou pequenina.
E não tenho giz de cera,então a língua engole a palavra.
Meia volta no relógio e silêncio
Me sinto bem mal me quer

E muito do bem te quer bem,bem!

O poeta não tem rosto,se molda,como se sente.



Fios de tempo,bordando os lapsos da memória...
Cartas,flores,abraços...
Estamos indo,meu Tartarugo.
Indo para n! anos...
Porque a eternidade é só um degrau.

Eu te amo com a mesma intensidade e delicadeza do início,só que,cresce mais em cada nó de tempo.

Sua,só e sempre

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Calma



Já não escrevo em silêncio
E o fundo do poço é tão bonito,quanto as pedras no lago,na primavera.
Eu sei do meu espaço e que não há pontes ordenadas de flores.
Há muros,muros tão silenciosos quanto um reino em festa.
E só me vejo fora,quando olho por dentro.Seria meu reflexo assim tão importante?
Seria eu,mais de mim,ao avesso?
Seria minhas cores que mais fortes que eu?
As pessoas deslizam pelas ruas,passam pela minha janela,discursam sobre sua importância e eu apenas passo a sorrir.
Eu percebo que o mesmo tempo que molda e aprisiona é o que nos simplifica e liberta.
Um pouco de células alheias,um pouco de mundo em comum e um pouco de visão alternativa.
Ah,não!Eu prefiro meu sonho em meio às flores.
Deixemos a ciência,nossos holofotes.
Deixamos aos filhos do ego,nossa atenção.
Porém nós mesmos,seremos transpirados em palavras.
Há tão pouco de mim em meu corpo,tão nada no que visto,digo e me alimento.
Percebo que minha alma dança sobre meus olhos em forma de vento,em forma de cor,em forma de vida.
Os anos arrastam.
Em breve,metade de mim,terá novos ossos e minha alma estará cansada.
Em breve,diluirei me em palavras,jogadas ao vento.
Em breve,já não serei nada.
E serei tudo,porque correrei com o vento e beijarei a face da sensibilidade.
Despertarei momentos.
Em breve nenhum arrepio passará despercebido,nenhum segundo abandonará o papel.
Em breve,sentarei em minha pilha de palavras e poderei sorrir tão desesperada,quanto uma criança com um doce aos lábios e estarei feliz.
Realmente,os segundos são belos.

E o desespero a forma nua de felicidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rosas do tempo



O cheiro,o sorriso o afago.
Não se sabe muito sobre o tempo,se sabe que se arrasta,que seguimos o seu curso de olhos vendados.
Meus ossos são fortes,minha memória é vazia,presas em meu estômago estão as carnes passadas,a minha pele perfuma se gota a gota ao cheiro de rosas fúnebres.
Viver escorre entre os dedos.Aprender com o risco.
Imagens atravessam minhas retinas.
Não se pode chorar por coisas que não voltam,não se pode interferir,e atrasar o relógio,alguns momentos.
Viver é intenso e espero que nenhuma emoção seja vazia.E nem espero viver de risos,eu quero todas as estações.E não me preocupo em ser uma,e seja como for,não é o espelho quem me reconhece,nem a minha voz que desfaz meu silêncio.Não é o que faço que define o tamanho do meu castelo.
Mas sim,a minha vida pode ser medida pelo que escrevo,pelo que vejo,pelas flores e pelas canções que me permito cantar.
Sim,meu querido,meu tempo pode ser medido pelas coisas que amei e pelas que evitei.Pelas vezes que me machuquei e pelo que sonhei.Meu tempo pode ser medido e diluído,simplesmente naquilo,que entre todos os universos,decidi enfeitar com os finos grãos do meu tempo.
Por fim,posso dizer com certa segurança e eterno receio,que vivi não só o que aprendi e pude perceber e escolher,meu tempo fixou se ao que acolhi,como parte do ser alado que sou.

Estar acordada passa tão rápido.

Eu matei a palavra





E quando o tempo vai abrindo as cortinas do silêncio
E toda palavra é avesso,
Porque a voz é saudade.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Afago nos cabelos e barulho de chuva







A voz tem tantos corpos do avesso
Do escuro,mundo em flor carnívora engole com pressa as flácidas carnes que escrevo
A mão em cor com tão pouco desenho
Desenho de memória
Moinho de vento.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vogal oito



Dedos desenhando corpos
Beijos que compõe frases
1 ano no espelho e o encanto da primeira melodia.
1 ano no espelho,refletindo a eternidade.
Que da saudade nasça,colo em broto.
Que a ausência nos enlouqueça,e que essa loucura,se acalme em afago.
Delicada e intensamente...
Como rompem as flores,no silêncio da primavera.
Delicada e intensamente...
Como as cores no universo.

Minhas mãos vão ao encontro da sua,meu amor.
Indo...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nunca mais comerei seu sorriso.




Passaram,bateram palmas,gritaram meu nome,o desenharam no muro...
E eu não os vi.
Mudaram meus nomes,pintaram minhas cores,vestiram minha poesia...
E eu não estava ali
Acordaram os vizinhos,dançaram minha música,derrubaram vinhos
E eu não bebi
Espalharam flores,fizeram a minha cama
E eu não dormi.
Por fim,calaram se
E viram as minhas cicatrizes.


E se despiram de suas fragilidades.

domingo, 13 de setembro de 2009

Imagens,xícaras de porcelana,chuva e janela...



Passa tempo,passa...
Voa longe,traz perto...
Leva um beijo e um sorriso...
Voa longe,traz perto...
Leva um beijo e um sorriso...
E diga que estou bem e sigo indo,flutuando pelas cores dos dias...
Passa tempo,passa....
Voa longe e traz perto...
Diga apenas que preciso...
Diga apenas que sou dele.
Passa tempo,passa...
Voa longe,traz perto ...
E carregue nossos sonhos para um futuro bom...
Presente,de um perto longínquo ...
Passa tempo,passa...
Voa longe,traz perto...
Leva a saudade e traz meu amor.

Aos meninos 27


 

Cabelos louros ao vento.
Absorve a cor e canta...
Tartaruga,gatos,bebidas...
Sem tom,sem cor,sem cruz e sem pecado...
Cabelos louros ao céu...
A vida em sopro, sem fardo...
Sem cruz,sem pecado.
Só voz
Dor,lembrança e amor.. .

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Jardim



Cores aladas dançando sentidos
Perdidas em intensidade,sonhos,panos
Desenham no infinito o eclipse dos tempos.
Comovem os dias,dobram lembranças e dançam...

Misturam-se ao vento e abrem suas asas.
Em silêncio,o guardião revela.

Esconde se em finos fios de luz,transforma se em palavras
Distorce o que sabe e voa ao desconhecido...
O mundo em asas
A existência muda.

Misturam se ao vento e abrem suas asas
Em silêncio,o guardião revela.

Abstratas flores.

Ilha



Por que ter medo de perder o que não se tem?Enquanto me prendia em uns gravetos,a vida escorria entre meus dedos.Tive medo de perder os sorrisos que nunca cativei e o colo,que nunca confiei para chorar.Me importei em manter e em não conquistar,e em todos esses momentos,sentia uma parte de mim que gritava em meu silêncio.Ninguém chorava por mim,ninguém lamentava meu mal estar e tudo porque não me conheciam.Passaram anos comigo e não permitiram que eu florescesse,criaram a lei do mais forte,e todas as noites,choro sozinha.
Então,por que eu tinha medo de perder a única coisa vazia?Sou preguiçosa e conquistar é complicado.
Não tenho búzios,semeei vento,fechei meu templo e me joguei na tempestade.É necessário,as vezes,que o mar nos absorva,é necessário se perder e ver o mundo pela tempestade.Eu naveguei,enfrentei monstros,ouvi rumores de guerra.Minha sorte era meu sonho e uma estrela em minha garganta.Briguei,morri,chorei,sorri,aprendi,ganhei,perdi e vivi novamente,o mar é um amante ciumento e só se sai vivo quando tornamos parte dele.E quando me acostumei ao seu barulho,alcancei a minha ilha.E nela,escrevo e jogo,uma garrafa,palavras e tempos ao mar.
Não sei até quando ficar aqui,nem para onde ir.O que importa,é que eu nada tenho,além do que vivi.
E isso,nem força,nem tempo,pode tirar de mim.Porque sou,fui e continuarei sendo,cada estação que passa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Afora



Me desligo das pessoas lá fora...Rádio,livros,dias mudos.Corredores solitários,passos acelerados e eu sentada em cima do mundo,muro,percepção.Adormecendo,sem me perceber nos dias.Presa na casa de vidro. Porque existir é confuso e eu,eu sou uma tempestade.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Indo...



"Desesperada e delicadamente,Tartarugo"


terça-feira, 18 de agosto de 2009



Se eu fosse flor,seria da cor que escrevo.
Mas,seria mais cor,se fosse flor perdida em seu abraço,Tartarugo.

Gérbera



Não sou flor que se cheire
Nem fruto que se come com os olhos.
Um selvagem acostumado que sabe comer com faca e garfo
E finge não ouvir.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Olhos plenos



A mudança é a janela para todas as coisas...Tornar-se imutável é morrer sem descobrir o que é estar vivo.Sem contemplar a delicadeza de uma flor,sem saber sentir o que é especial.Limitar-se a ser o mesmo é acostumar com a roupa velha,é confortável,cheira lembrança,mas aprisiona à um momento que passou.A criatividade é o confronto.Não é a capacidade de se reconstruir,mas a simplicidade em se montar,moldar,construir.A minha doença tem nome,gosto e peso.A minha doença é o fardo das molduras que construi.Telas em branco. Molduras ornamentadas e um vazio espacial que limita aquilo a ser simples tela,esperando o ser lá fora,tingir-se de si,ai,talvez,você se encontre.Não sei o que os anos trouxeram e evito com a minha alma,olhar meus antigos espelhos.Mas sei que é necessário saber o que me trouxe aqui.Contemplar meus moinhos e descobrir que eu sou aquilo que eu sinto,não o que transpareço.Que eu sou o que transborda e nem sempre vejo.Que eu sou mais que um traço externo e bem menos que as estrelas.Compreender,que sim,eu posso entende as coisas,pessoas,vontades,momentos,mas que não são essas nem seus opostos que me constroem.Não sou uma reflexão profunda,porque me desconheço.E desse não conhecer...Tenho olhos plenos.

Shakespeare não seria o mesmo se refletisse Goethe,mas seria plenamente Shakespeare se aceitasse ser,não o papel que desenhou,mas aquele que percebeu todos eles.Jardineiros,foram meninos que também desejaram ser astronautas e contemplar cometas,entretanto,suas raízes são profundas como a Terra,então,seu universo é toda a extensão de um jardim e eles,e só eles sabem que as flores são fascinantes como as estrelas,como os cometas.Tão fascinantes quanto ao próprio cheiro de flor,cheiro de terra.

Poderia me emoldurar,de Ana,Maria,José,Hannah,João.Poderia me emoldurar de pedra,flor,estrela,espinho,corte no pé ou cheiro de pão.Então decidi que não seria elas,porque,em essência,não o sou.Então cativo,e guardo toda lembrança em um pote.Sei que não o sou,mas brinco de sentir.

Todas essas coisas,talvez elas,não me deixem ser a branca tela,nem a moldura,durável e ruim,talvez,sejam elas pedaços de coisas que me importam.Pedaços de coisas que gosto,como tecidos,folhas,canções.Não tenho tempo,não sou uma lembrança,não sou um projeto,não sou um dia,e não me importo com o tempo ou a tempestade lá fora.

Acho que sou o que,em um momento,prevalecer em mim.Seja cor ou pétala,brisa ou lamento,poesia ou monólogo...

Eu me permito descobrir,e como bananas,jogar a casca antiga,fora.

E me visto,por agora,de nostalgia e flores.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Natureza neutra




Depois da tempestade,a explosão silenciosa do tempo,do vento em minhas costas.A explosão calma da reconstrução,a soma das perdas,as lágrimas e o vulcão..A força que constrói muralhas.Não quero mais reconstruir nada,quero vagar entre as ruínas e perceber o tempo,como ele molda.Não quero ouvir ruídos,quero ouvir o que o mensageiro vem me dizer.Quero vagar ali pelo tempo infinito.Pelo tempo que se leva a perceber.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Compreende se que ama não quando tudo parece colorido,nem quando percebe que não há vida foras de nós,juntos.
Compreende se que ama,justamente com e com o oposto de todas essas coisas.Quando os dias são cinzas e enquanto a primavera adormece,no silêncio da falta e na agonia que cala.
Compreende se que ama,quando sabe que escalaríamos dias solitários,dias mistos entre negro e branco,quando se aprende que sim,se é flor fechada,mas que se abre para a vida,simplesmente por saber que seu sorriso existe.

domingo, 9 de agosto de 2009

Paternogêneses




Ela se sentia segura em seus redemoinhos e fingia não saber como encontrar sua dor.


"Com a pressa fria,apressa o controle,o cantato,a canção em dor.
Com a pressa fria que adia a cor,
Com a pressa fria que reprisa o que nem passou''.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Flores de saturno em sal de vênus




Eu te procurei pela casa,
Olhei embaixo da cama,
Esperei na porta algum tempo.
E dei de cara com o espelho,
E a casa está vazia.
Então,encontrei olhos na superfície fria,olhos úmidos,perdidos,e relembrei...
Minha pele revirou cada segundo.
Eu te senti e me encontrei novamente e apenas sorri.
E foi ali que entendi...
Você está em mim,meu amor.
Está em mim,porque sou sua.


*Essa calmaria que prescede a tempestade...
*Trecho de alguma canção

segunda-feira, 3 de agosto de 2009




E essa distância,que cabe em um abraço.
E a tua boca,que se une à minha e me desvenda.
E as tuas mãos que percorrem e transforma meu corpo em poesia...
Te busco em meus detalhes.

Contemplação;
Passos distantes,indiferentes,passos em falso ...
E nós unidos.
Instintos desenhando abrigos,olhos,bocas,mãos...
Vozes alegres,embriagadas,vozes dispersas,incoerentes...
E nós unindo...Olhos,bocas,mãos,desenhando verdades.
Sussurro.
Silêncio,
Dedos,pele,arrepio.

E o mundo gira novamente.
Vozes,cores,ruídos...

E nós..
Em silêncio,unidos.

domingo, 2 de agosto de 2009

Tempo



Entende que 'ir comigo'é ter que perceber opostos extremos constantes,tão frágeis quanto um dente de leão e tão insistentes como o tempo?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

As pedras.


A luz é um aquário onde permancem submersos,os sonhos do menino do castelo de pedra.
A areia fria da luz me troca pelo brilho rápido dos cometas.
E eu flutuo na alameda dos meninos perdidos.
As estrelas são reflexos de uma esperança adormecida,
na janela estão todas as minhas expectativas tão bem guardadas.
No recanto dos meninos perdidos.
Do céu da Via Láctea!

Flores atômicas


E uma linha para compor o destino.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Você tem olhos lindos e os meus estão cansados...

Quer saber?Foda se suas teorias baratas sobre o que eu devo ser.Quer saber?Foda se as suas teorias baratas sobre o que eu devo vestir.Foda se as suas teorias sobre quem devo ser,sobre o que devo falar.Foda-se suas crenças,foda se suas ideologias baratas.Seu mundo é muito pequeno,ele não gira.Há um universo e ele pulsa.Meus pulsos sangram.Foda se suas teorias baratas.
Eu gosto da chuva,eu sei para onde ir.Então,foda-se o que você acredita.Eu cansei de ser uma mentira,eu não vou fingir para te agradar.Então foda-se querida.
Eu vou para a chuva,para o balão azul.Eu vou para o cheiro de terra.Foda se querida.
Eu sei para onde ir,eu vou...O meu arco íris é logo ali...E na noite escura,eu dormirei com as estrelas.Então,foda-se querida.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Saudade...


A melancolia é bonita
E eu estou sendo forte como as pedrinhas do lago...
E a canção das águas são soluços.
E as estrelas...
São fios celestiais,
Esperanças que os passos constroem.
Cada esquina tem seu nome.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Obrigada por encher de melodia cada estrela,amor.
Obrigada por tornar a minha(nossa)vida mais bonita.
Obrigada pelo seu sorriso.
Obrigada pelos momentos mais felizes da minha existência.
Obrigada por ser a minha poesia.
Obrigada por me deixar...
Sonhar e caminhar contigo.
E,mais uma vez,eu te amo Matheus.
Te amo com a alma imortal das palavras.

domingo, 19 de julho de 2009


Eu amo cada respiração sua...
Eu amo cada detalhe seu,
Eu amo cada sorriso seu...
O tempo poderia ficar suspenso...
Porque eu te quero sempre em mim.
Eu te amo,meu amor.
Dos segredos,dos sorrisos,dos sussurros,dos flagras...Eu te amo,eterna e secretamente.

domingo, 12 de julho de 2009


Ser a rosa entre os espinhos..
Ser seu corpo,ser seu cheiro...

Ouvir seu sorriso.

Ps:Eu te amo,Matheus...
Seja bem-vindo,meu amor.
Não sabe o quanto te ter aqui me faz feliz...Infinitamente,Tchuzinho.
Que as flores o saudem.
*Meu coração,nem sei porquê,bate feliz,quando te vê...
*Trecho de alguma canção.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Em silêncio você me encontra...

Talvez meus gritos íntimos seja a tua canção,afinal,você os conhece mais que a mim...E talvez por isso me entenda tão bem.

E quando a noite vem,trazendo monstros imaginários,eu fecho os olhos e digo : "me deixa"
E quando eles me agarram em sonhos,quando com cheiros e cores eles me seduzem,você me desperta.
É meio difícil ser muitas,é muito insosso ser única.
É difícil ter certezas.
Você sempre me faz sorrir,mesmo quando briga.
E quando a noite vem,trazendo monstros imaginários,eu grito "me deixa"
E quando o mundo desaba sobre meus pés,e quando o único caminho que construi começa a rachar,a quebrar e o sol brilha no horizonte...Fantasmas me visitam.
E você sempre ouve meus gritos,você sempre me acode.
Eu sou sua criança com medo do escuro.
Mas,fechando meus olhos,quando entro em teus domínios...
Eu sei que por mais inseguro que pareça,os olhos vermelhos somem...
Eu sei que há luz que irradia...
E sei que ela existe em meus pés.
Eu renascerei algumas vezes mortal,até que perceba minha independência...
E quando a noite vem,trazendo monstros imaginários,eu grito : " me deixa"
E quando fica escuro,escuto o seu sussurro..."está tudo bem,monstros não existem,não embaixo da sua cama.Destrua os que você criou e confie em minhas asas sujas".
E quando fica escuro,você sussurra: "Controle seus medos,não deixe que eles te controle.Controle seus monstro ou não mais pensará por você"
E quando o chão ressecad0 se abrir sobre meus pés...
Eu renascerei mais uma vez.