sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Água morna e sabonete...

Então,resolvi tomar banho,ainda sob os efeitos lúcidos da caminhada.Imaginei-me em uma sala de aula,explicando revoluções...Segui a linha que sigo,de ir ao fim de uma busca sem fim,e me perdi nos seios dos milênios.Expliquei aos universos em construções,todos eles,ali sentados,inquietos,eufóricos,tímidos,debochados.Expliquei sobre as revoluções de um tempo que não era meu...E dos sussurros que dei à pessoas que acreditei como líderes...Falei-lhes das conspirações de um herói fracassado,perdido entre tantas portas falhas.Estimulei sonhos,conquistas,aventuras.Contei-lhes da revolução estética,tão inútil,que assolou a era em que,eu,sonhei construir revoluções com ideais extintos.
Contei-lhes que por mais solitária que seja a causa,nós pertencemos à ela,somos reflexos do que acreditamos.
Senti a água morna tocar meus ombros...e assim despedi-me dos meus alunos imaginários,sentindo o quanto ainda tenho para aprender,ainda que presa a moldes ordinários,de desejos estúpidos de uma maioria,com pegadas revolucionárias.

Um herói em extinção...Conspirando para futuros aleatórios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário