segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rosas do tempo



O cheiro,o sorriso o afago.
Não se sabe muito sobre o tempo,se sabe que se arrasta,que seguimos o seu curso de olhos vendados.
Meus ossos são fortes,minha memória é vazia,presas em meu estômago estão as carnes passadas,a minha pele perfuma se gota a gota ao cheiro de rosas fúnebres.
Viver escorre entre os dedos.Aprender com o risco.
Imagens atravessam minhas retinas.
Não se pode chorar por coisas que não voltam,não se pode interferir,e atrasar o relógio,alguns momentos.
Viver é intenso e espero que nenhuma emoção seja vazia.E nem espero viver de risos,eu quero todas as estações.E não me preocupo em ser uma,e seja como for,não é o espelho quem me reconhece,nem a minha voz que desfaz meu silêncio.Não é o que faço que define o tamanho do meu castelo.
Mas sim,a minha vida pode ser medida pelo que escrevo,pelo que vejo,pelas flores e pelas canções que me permito cantar.
Sim,meu querido,meu tempo pode ser medido pelas coisas que amei e pelas que evitei.Pelas vezes que me machuquei e pelo que sonhei.Meu tempo pode ser medido e diluído,simplesmente naquilo,que entre todos os universos,decidi enfeitar com os finos grãos do meu tempo.
Por fim,posso dizer com certa segurança e eterno receio,que vivi não só o que aprendi e pude perceber e escolher,meu tempo fixou se ao que acolhi,como parte do ser alado que sou.

Estar acordada passa tão rápido.

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