terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tempo Alado



A gente sempre leva nosso mundo nas costas e ele,abusa de sua gravidade e atrai todas as cores compatíveis para perto de nós.E andamos,andamos,andamos...Muitas vezes sem lugar algum a se chegar.Andamos porque não concordamos com a forma da vida.Estamos em constante mutação.E só quem assim vive,sabe dosar suas perdas e se derramar em lágrimas à cada pequena conquista.Desvios não nos interessa,queremos o caminho mais longo,mais belo,queremos emoções,intensidade,queremos os baixos,os altos e meios,e o que vier depois e antes disso e de qualquer coisa.Somos pontos ambulantes e a nossa caminhada não tem um traço definido,ela se apaga e se recorta,se renova e esquece todo o tempo,o tempo todo.E que a nossa preguiça seja abençoada,pois ela nos permite acompanhar o nascer e adormecer do sol,nos permite dividir a alegria de uma gota ao tocar as folhas todas as manhãs,nos permite ficar ali,abraçados,contemplando estrelas.Não,eu não entendo nada e quanto mais me procuro,mais me perco de mim.E nem de olhos fechados,sou a mesma.Eu me permito ser de todos os tons,de todas as vozes e de todos os tempos.Não,não junte se a mim,me conte sobre o seu caminho,não se caminha junto,nesse tempo.Nem se caminha sozinho,pois quem a gente ama não é o outro,é parte da gente,mais que nós mesmos.E temos consciência de que o amor é livre.E temos consciência de que quando encontramos o mesmo,ele transcende e contamina.
E temos consciência de que é de amor,que somos feitos!


E saudadas sejam as borboletas que vivem menos de 24 horas,porque elas se despedem da vida em forma de poesia,enquanto homens,apenas fecham os olhos.

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