domingo, 27 de dezembro de 2009

Dantefamiliaridade




(Para os filhos da puta,como eu)


Eu fechei os meus olhos para não gritar
E não deixei escapar,pelos meus lábios,a minha dor.
Eu me mantive em silêncio para não te deixar confusa.
Eu fiz de tudo para você ser feliz,
Eu calei a minha dor e sorri,quando você pediu.
Eu fechei os meus pulsos para não te envergonhar com as minhas cicatrizes.
E é assim que você ama?
E os fatos não justificam,mas eu senti e sinto,ainda.
Me rasgando por dentro,me corroendo.
Corrompendo o último fiapo de esperança que eu tinha,
Apagando a última faísca da única estrela que se mantinha sobre minha cabeça.
As memórias não são eternas,eu não perecerei.
O engano,o sorriso ancioso por estar feliz,em calma...e a sua verdade escancarada,estampada no seu sorriso,me perfurando.
Tantos anos pensando em suícidio e o único momento em que precisei do seu abraço,você me abandona.
As memórias não são eternas e eu não perecerei.
Não se vive por aquilo,a que não se dispõe a morrer.
E eu querida,não vivo por você.
Eu sinto muito,mas não desisto e não,não me mataria para te ver sorrir.
Nem meu corpo quer ser tocado por suas lágrimas.
Eu lamento,mas você tem que olhar para mim,olhar para mim e sangrar,ao ver refletido em mim,seu passado vazio.

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