sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quererá

Gostaria de traduzir em palavras o enigma das estrelas.
Eu, contemplador que sou, vejo na beleza algo inexplorado, incompreendido, nostálgico.
Gostaria de transmitir a dor da melodia sem letras, saber ao certo o que é certo, gostaria de aprender, a saber, como me sinto.
Gostaria de me colocar nos textos ordinários que escrevo na forma de Narciso.Gostaria de saber os bastidores do sorriso de Nero e ouvir sua harpa mágica.
Gostaria de ser forte a ponto de sofrer em silêncio.
Gostaria de ser profundo,sentar e ficar ali,observando as flores,cheiros,segredos e pessoas.
Estar vivo é um milagre iluminado,confuso.
Sendo a luz o repouso das trevas,é turvo conhecer o que se carrega.Sentir as lágrimas.
E ver o caminho para o casulo.
Contemplador que sou,gostaria de saber descrever cores,cheiros,atenção,momentos.Gostaria de fechar meus olhos e pintar o que sinto nas telas da imortalidade,na alma do ser para quem direciono minhas palavras.
Gostaria de mais uma vez e sempre,escutar o vento.

O mar é um amante egoísta.

Você,leitor conhece-me bem mais do penso que sou.

À...


Até onde posso suportar o peso das verdades que provoquei?

O amor e o ódio...


Posse!Se não posso controlar seus passos, não me siga.


Não quero saber até onde pode ir sem mim,eu sei que posso seguir sem você.

Sei que posso sangrar milhares de luas,sei que posso fugir do brilho do sol,que dissipa mentiras.


Posse!Se não posso controlar seus passos, não me siga!

Estarei bem comigo... Mentiras!

Outro gole, outra frase, com sons de novas letras. Posso dar mais um passo,sei que no meu abismo,sou minhas próprias paredes...


Posse!Se não posso controlar seus passos, por favor, não me siga!

[À]s portas

As flores murchas na janela ofuscam, agora, a visão do jardim... Nos momentos sozinhos,teus gritos ecoam,misturando-se ao bicho ferido,Idealização!
Meu lirismo mal contido naufraga no turvo lago das emoções em falso.
Não se pisa duas vezes, do mesmo jeito, no mesmo rio!
Não sei dissipar a desnecessária reprise alegórica de fragmentos que sinto,talvez nunca saia dessa eterna observação...
Personagem-autor!
Lágrimas de utopias adestradas rasgam o silêncio desse céu, ora de estrelas, ora de pedaços estilhaçados de mim.
Não se pisa duas vezes, do mesmo jeito, no mesmo rio!
O riso é a alegoria do desespero, não quero a masturbação moral dos fatos, mas a verdade revelada, nítida, crua. A verdade a ser devorada sem cerimônias,como a fome dos que tem sede de palavras vazias.A verdade das intenções,das expectativas,o retrato do tempo,antes,agora,depois.Quero a posse do teu nojo.Quero ver minha dor refletida no teu desespero,não há perfeições no duo.Nem imperfeições sozinha.
Não se pisa duas vezes, do mesmo jeito, no mesmo rio!
Meu timbre perdido nesse narcisismo barato,nessa hemorragia nostálgica,que se expande,colore,pulsa e resguarda. Quero a verdade nua,diante de todos os fatos.Sem flor de lirismo,sem sonhos acabados.Quero o brilho dos olhos,na certeza de que és meu.Incorrupto,imperfeito,frágil,inacabado...
Quero a força do tempo, nas mãos ao meu lado.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009



Me dói ouvir todos esses momentos...
Me dói saber que você andou tanto sem mim...
E esse medo,de te perder nesses becos...
Me dói o fato de pensar,que talvez eu não conhecesse teus dedos.


Dedos livres,sobre as páginas dos meus dias.

Silêncio e barriga para cima...


Palavras,as vezes se gastam e ficam pairando em alguma lacuna desse caminho chamado tempo.
E os fragmentos ecoam nos soluços dos anos...
Crescer!
Não significa esquecer,é aprender a guardar e a criar momentos assim...Que se desligarão das horas...tornando-se parte do Todo que nos tornarmos.
A fúria inevitável dos passos,reza por escrever o momento ...Escolhas!
Sonhos não são escritos à lápis...
Quem disse que palavras não se arrastam,não sabia o que era sentir.
Sendo nossas letras,reflexos de cada estação,desse momento alado,quente,brilhante,turvo...
Destino!

domingo, 25 de janeiro de 2009


Só sei escrever deprimida...

Vi teu sorriso no meio do dia...

Fico te devendo teu poema,meu amor.

Com cores de jasmim,promessas de beija-flor...

E cachinhos de crianças.

Que como tua voz,roubou minha tristeza...

E do azulejo negro...

Flor tornou.






"O teu sorriso é imemorial como as Pirâmides e puro como a flor que abriu na manhã de hoje..."
( Mario Quintana)

sábado, 24 de janeiro de 2009


"A noite toca e incendeia meu corpo,minha alma nua,a parte me dada ao tempo.O pêndulo carrega o tempo saudando a eternidade,que se afoga,ao momento de cada linha da existência...Sobre o luar repousam dois corpos nús entrelaçados ao desespero.No chão todas as máscaras,os costumes,todos silênciosamente debochados pelo tempo,pela doçura e pelo destempero...O poeta descobre o inferno,recua à paralela e olha todos os episódios...Sobre o luar repousam dois corpos nús entrelaçados ao desesperoSobre os escombros,os ventos catam a canção dos lobos.Sobre os trilhos brotam a cruel resposta da existÊncia...Flutuando nossos corpos se encontram,tão distantes ecoam os segredos loucos da madrugada....Sobre o luar repousam dois corpos nús entrelaçados ao desespero.Vendo a estrela distante esculpir o barro.

A noite é um coração partido, um refrão desafinado na orgia do tempo. Ao toque surgem sussurros de uma alma doente que lateja e insiste por um reprise do arquivo morto nos momentos em que há de ser sozinho. Os lábios tocam a melodia em uma paz suspensa. O corpo bate e grita pela chama que reluz nos olhos entrelaçados aos pensamentos turvos do poeta. A voz rouca da existência se mistura com a luz das estrelas... Sobre o balanço ainda permanece o olhar,num outono distante em que a alma cansada,ainda lateja ... Vendo a borboleta que segue a voar!

Individual-Retrato das flores



De forma extensa elas permanecem lá.
Nos olhando de cima,refletindo nossas confusões em suas constelações.Olhando o céu,na busca pelo Órion individual,cavalgando em suas tranças...elas refletem o peso de nosso olhar.Nas canções de ninar,no sussurro do primeiro raio..."Nós estamos aqui".Na primeira pedra,ou no esboço do desespero..."Nós estamos aqui".Somos meninos cometas,brincando de tecer a vida.Somo pequenos grãos de uma força inimaginável.Somos tão extensos quanto nossas percepções.Sendo apenas borrões na página do destino,amparados pela promessa do Amanhã".

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Nos meu sonhos.


As flores no chão,parecem distantes agora...
As nuvens,ficam logo ali,você consegue ver?
Se você se esforçar mais um pouco,poderá tocar as estrelas também...
Poderá conhecer o dragão na caixa de fósforo...Aqueles desenhos bobos na geladeira que só a gente entende.
Essa compreensão é submissa,não sou passiva...
O vermelho da boca,se faz grito agora...
Na parede,cenas de dramas tão bem ensaiados quanto o beijo no espelho.
É infantil observar moldes de mulheres fortes,é patético me sentir pequena.
É estúpido...Eu percebo que sou a garota que eu quis ser naquele dia no parque...
A garota que roubaria aquela pequena que me desenha do seus monstros imaginários.
Continuo sentada ali,guerreando contra monstros infantis,viajando,deitada na grama daquele dia hostil.
As flores no chão parecem distantes agora...
As nuvens ficam logo ali,você consegue ver?
Agora,a voz se faz personalidade,antes era só o sorriso desbotado,minha fênix pequenina.
Eu percebo,que sou a garota que quis ser naquele dia no parque.
Continuo ali...
Alimentando monstros imaginários,ensaiando as falas do próximo ataque.
*Eu digo que sou,o oposto do que vai adiante.
*Trecho de alguma canção.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Estranho como você me acalma...
E os versos das canções esquecidas,recolorem o destino.
Ainda permaneço naquela mesma pedra,divida entre tantos caminhos...
Ainda fico sem graça com teu jeito de me olhar...
E o vazio fica tão pequeno quando você se faz presente...
Nesse amor à lenha,repleto de explosões...

"Fique bem,querida.Fique bem por mim e por nossa vida."

E tudo caminha,e tudo segue indo...

Ainda temos nossas estrelas e nossas noites ao luar.

"Fique bem você também,amor".

Cansada!
Enquanto a vida pulsa,permaneço aqui trancada observando a chuva que eu compus...

Refrão maldito nessa alegoria do tempo,eu conheço todo o trajeto dos azulejos... conheço a ponte dos tijolos amarelos... Muros,é tudo o que sinto...

E essa busca...Excesso ou ponderação?


Dogmas!


E esse vício vazio!



*Um bando de gente sentado na grama,com flores no cabelo...


*trecho de alguma canção.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Do tempo roçando em minhas asas.Onomatopéia temporal-Tic-tac...


Serena,tuas asas pousam sobre minhas mãos trêmulas.No silêncio manchado de tintas,sob o véu das lembranças trago-a ao papel.Leve,pelo pêndulo do sono flutua.Fazendo tua,a angustia minha.No esboço do teu corpo,desenho versos de saudade de um futuro bem vindo,que olha e faz pirraça...E o termo fica vago,a ausência ofusca o presente.Os dias são estrelas mimadas que se arrastam,eternizando tua respiração.Dança as palavras na mão.Teço,ouço...Teatro mudo do bem-querer.Sobre a luz,esboços de tua percepção...teu riso debochado,tuas mãos suaves,teu olhar distante...Reprises de um presente adiado.

Tempo


Minhas cores pulsam no teu sorriso...

E as canções desfilam soltas pelo ar,tua voz ao pé do ouvido...

E o cheiro do bem-me-quer se faz presente,enquanto deslizo...toque,carinho,vontade,por teus cabelos nús.

E o tempo se faz eternidade,nessa sequência de segundos...Descobertas!

E as frases deconexas,repetidas, se perdem nos dias de sol e lua,quando te tenho comigo.







*"Você vai comigo aonde eu for

Você vai bem se vem comigo

Serei teu amigo e teu bem

Fica bem mais fica só comigo".



*Trecho de alguma canção.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Gotas






Da tua canção se faz minha poesia.

E dos nossos dias,se faz o universo.

Eu respiro,relembro,sussurro...



Da tua mão se faz minha pele.

Estar



Os olhos úmidos,manchados de falsas cores...Espelho!E a imagem já não é tão vazia.E as músicas antigas tocando no rádio.O som alto acorda os sentidos adormecidos,Reflete a esperança de uma vida.

-Eu não quero ninguém roubando minha dor,diz uma;enquanto a outra brinca de bordar palavras esquecidas.

Opostos!

E sigo em frente.

Pessoas coloridas,cheiros diferentes,alturas,texturas...Todas as formas opacas.

No canto,encanto encolhido.É seu sorriso...é flor,estrela,é poesia.

E as sombras são desenhos na água,encantam.E a luz já não é só dia,é pensamento,é vontade,é vida que se faz nossa.E o ser,Teorema de um tempo sem presente.Tempo desmedido.E tudo vai...

Os lábios desbotados de batom,marcam agora seu pescoço.Eu escuto seu suspiro.Tocando ao longe...e as noites solitárias,tranformam-se em palavras.Eu não sei escrever para mim,não sei escrever para você,não sei escrever para ninguém,eu não sei escrever imagens.

Mista momentos e juras,livros e cenas...Se viro,alcanço o céu e toco nossa estrela.É impessoal.É sem verbo.Minha escrita não tem gramática,gira em torno do verbo,gira em torno do Todo...


Gira,no que sente.

*"Quando a chuva cai,lembre-se sempre que eu estarei aqui..."
*Trecho de alguma canção.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Reflexos instáveis,patéticos,janelas da alma.Consigo observar tuas estações,mesmo calada,mesmo fugida,meio paranóica.E tua dor se faz minha por três vezes,e teu sorriso,é o repouso de minha alma solitária.E o seu jeito,é meu abraço.E a tua voz...a tua voz disfarça as lágrimas de frio.Eu desconheço teus problemas...Mas te ofereço minhas mãos.Meus pulsos jorrando vida,são seus caminhos agora.Meu dedos,escravos de um contemplação,ora divina,ora vazia.E essa agonia que precede o silêncio.Não sei se ofereço,se peço colo...Não sei se peço abraço,dou refúgio ou recuo.Eu sei que seus olhos gritam,eu sei que seu peito sangra enquanto sua alma percorre o vale dos sonhos.Adormecer!E os minutos se arrastam como um ranger de dentes que abafam dores carentes.Refaço o caminho dos lados.Resmungo frases precipitadas...Eu sei que você está ai.Eu reconheço seu espaço e como instinto...Me extinto e sento ao teu lado.
Eu não sei mais adormecer sozinha.

Meu amor


Hoje não vou me estender,vou em busca das palavras mais simples...Vou em busca da lembrança mais doce,eu vou em busca do teu olhar,Meu amor.
Eu vou em busca do cenário,das flores na janela,da tinta na ponta do nariz,eu vou em busca dos mais distintos sorrisos,nessa maluquice exagerada,eu vou em busca da tinta vermelha do fim de tarde.Eu vou em busca da nossa vida,Meu amor.
Eu vou em busca do bocejo,do olhar tristonho,da carinha de sono,do afago na voz.Eu vou em busca da busca,da conquista do inevitável,do óbvio,do espontâneo.
Não vou falar de esperança nem do remorso,nem de filosofia,nem de anarquias.Não vou falar em línguas distintas.Não vou em busca da admiração,nem da contemplação.
Eu vou em busca da lágrima do poeta,eu vou em busca do gostoso jeito que você sorri.
Eu vou em busca da ultima frase,do afago da alma,das bolhas de sabão,eu vou em busca da corrida com as borboletas e de rolar na grama,eu vou em busca do doce de leite,do biscoito antes da janta,eu vou em busca do corte no dedo,eu vou em busca do pão...do parque...do pato...Eu vou em busca da emoção,do bem-me-quer,do fique bem...eu vou em busca do "Meu Amor".

sábado, 17 de janeiro de 2009

De todas as línguas

Meu peito dói,
Mas não é doença,não senhor
É de saudade.

E o sorriso que acompanha a dor
Não é deboche,não senhor,
É de esperança.

E o brilho desses olhos
Não cansaso,não senhor...
É a vida que caminha devagar.


Do lençol branco com flores,movimentos são só reflexos de um amanhã apaixonado pelo hoje e seu sorriso,é só a minha vontade.E sua voz é só meu poema que naufraga nos teus toques,pequenas faíscas de minha verdade.Das canções sem letras,a navalha cega da lembrança convida as palavras para cirandar.Dançam meninas,pequenas elfas,livres de todos os pecados.A luz é o refúgio do escuro.E seus devaneios são pequenas vidas...Na Lua,lágrimas despedaçadas consolam os poetas manchados pelo vício louco de se apaixonar e chorar amores impossíveis.A distância é o caminho.A razão pelo intocável,a busca pela sede impossível,o gosto dos argumentos na boca pura,a expectativa de um beijo e a lembrança de um sorriso...No reflexo da lua,transpiram saudades de momentos que virão,gotas de lirismo,nosso egoísmo dividido.As palavras foram utilizadas e as memórias esquecidas pela eternidade.Dança meu amor!Dança,que enquanto eu te sinto,eu toco as cores de nossos sonhos.

Dança,que enquanto eu sinto tua vida pulsando sobre a minha,eu acredito que ainda posso continuar.Brincar de existir é moldar o que se quer ser.

Dança meu amor,que enquanto acompanho seus passos,eu sei que posso te fazer acreditar!

Sem voz

Nenhuma poesia cabe aqui!Eu poderia escutar a mesma música por todo tempo,até meu prazo de validade esgotar.Eu escrevo frases,o delete nunca trabalhou tanto,eu faço tudo errado.Eu não sei por onde começar.Mordo a ponta do lápis,ando de cá para lá,sento,respiro...
-Vou escrever.
Digito a primeira frase e recorro ao encaixe.
-Não,não foi dessa vez!
Não gosto de pontuar.Recorro aos momentos,futuro,presente,passado.Eu sinto falta da angústia em querer falar.Detesto estar calma!Meu sorriso amarelo nunca foi tão falso.
Chega a chuva,nela eu me dissolvo,chego ao Centro.A Terra é mãe,eu pertenço ao seu seio.Não sei sentir sem pensar,não sei pensar sem escrever...Nem sei sentir sem ser.Saio,respiro,lembro de toda maldade,de toda doçura,procuro na raiva e na esperança...E,só sei pensar em seu sorriso.
-Dentes.
Soneto ao dentista,minha alma doente suspira..
"Não desista!"...Prendo os cabelos no lápis...respiro,ouço a música na dança com a chuva,preciso me desconcentrar,preciso de uma dúvida,preciso ter do que reclamar.Eu preciso falar.
Implico!
Detesto escrever em primeira pessoa.

"...Eu não tenho tempo,eu não sei voar"*


*Trecho de alguma canção.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

As vezes me preservo,outras suicido*


Eu preciso do sussurro das folhas tocando o vento,eu preciso da chuva tocando minhas costas nuas,despidas de todo pudor.No chão,as roupas caídas.Eu lembro do ontem que se torna agora,tocando os pés na terra úmida.Meu corpo úmido,essa terna ligação.O cheiro da estação traz os momentos,transpondo as leis dos sentidos ordinários,eu lembro da primeira poesia.Eu lembro da primeira promessa.O sol me envolve em seu manto e me remete às esperanças,presas nas nuvens.Eu preciso do calor do sol para descobrir a cor de meu corpo.Eu preciso do cheiro das flores para desbotar a saliva.Eu preciso do casulo para voar.Eu preciso sentar na pedra fria da ilusão e voltar a escutar a canção dos sonhos adormecidos.Eu preciso olhar o oposto para me completar.Eu não sei escrever sem sentir.



*Trecho de alguma canção,não me recordo a autoria.

Tenho que sentar e escrever,só assim consiguirei me sentir viva o suficiente para não ter medo de dormir.Procurando dores que não são minhas para encontrar as palavras adequadas para buscar um sorriso,um suspiro,uma lembrança.Meu silêncio estúpido,atropelando frases importantes,reflexo cometa.Eu sento no chão,em meio as flores e imagino teu sorriso.Não posso explodir uma emoção que não é tua,não posso dividir uma história de monstros imaginários.Eu te disse que odiava aquilo tudo.Mas eu gostava de me sentir sozinha ali,a única naquele caminho frio.Olhando os espelhos de uma casa de vidro,é assim que entendo o mundo.Cheio de reflexos tortos.Eu não posso dizer que está tudo bem,porque tudo está bem.O inferno é o equilíbrio.Eu imagino crises e beijos em meio às lágrimas.Eu preciso sentir que estou viva,para não estar tão morta.Um zumbi 110 volts.Eu preciso ficar calada e preciso sentir.Eu preciso que tenha medo da perda,porque isso é o que me motiva a caminhar.Eu preciso que me segure forte e me beije de repente.Eu preciso de fortes emoções.Eu sou a frágil flor de 4 espinhos.Eu preciso de sedução,de segredos,eu não gosto de ser nítida.Eu sou isso...essa bagunça...e por essa,eu respiro.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Poema



"...Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo.Eu acordei com medo e procurei no escuro alguém com seu carinho e lembrei de um tempo.Porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança.E o medo era motivo de choro,desculpa pra um abraço ou um consolo.Hoje eu acordei com medo mas não chorei,nem reclamei abrigo.Do escuro eu via um infinito sem presente,passado ou futuro.Senti um abraço forte, já não era medo.Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim..."

(Cazuza/Frejat)

"Por você,eu poderia até ficar alegre..."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Caminhando em passos lentos,observamos o movimento dessas milhares de cores flutuantes.Eu olho ao lado e percebo teu sorriso,essa sua segurança,esse nosso caminho à promessa de um futuro menos angustiante.Com as mãos entrelaçadas ao que somos...percebemos que o tempo passa lento,quente como a brisa em uma tarde de verão.E esse seu sorriso.O café se mistura ao cheiro das flores,sussurro secreto.Observando traços...a manhã se expande e colore o teatro dos sonhos.Momentos!...E você,responsável pelo contorno do tempo,senhor Tartaruga!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


"...Fora do telhado para perguntar para o céu,sobre a existência de fantasmas na minha vida.Quem é o culpado, você ou eu?..."

(Gary Jules)

Refrão





O toque imaginário da espera produz reflexos instáveis,fortes,patéticos...As palavras encolhem,não há solução para inimigos imaginários...não há fábulas,nem teorias que suportem a presença de desejos escondidos.É um fato enquanto eu observo,absorvo e espero.O sorriso que corta a noite,devolve o brilho da esperança em ver a luz do dia.Imagens,letras,melodias,e tudo se mistura e tudo se distingue por fora,mas as estações deixam o Todo prevalecer.Talvez cego,sábio,confuso,confesso.E as letras,desenhando palavras que demoram uma vida...e o frio adormece,enquanto o calor provoca sonhos,delírios,momentos...e o silêncio dos passos esperando o toque na porta...É forte,suporta,esperar,confunde,devolve...é assim...só assim...e o misto provoca o exato diferente...

Não há teorias sobre como sentir... .