terça-feira, 17 de março de 2009




As paredes se comprimem...Não há espaço,nem ar,nem luz,apenas minhas unhas arranhando as paredes petrificadas,emoções contidas.
Não vou me organizar,não tenho encaixes.
Não tenho forma,sou em negro,opaca.
Eu fui todas as mulheres que conheço,já fui Ana,fui Camila,fui Flor,arrisquei ser João...
Me atirei ao chão,sentei ali e fitei os anos,nunca segui os impulsos que me conduziram ali.Nunca quis aprender as coisas que se tornaram minhas,as coisas que se tornaram,eu.
Meus braços cabem meu mundo...Minha mente é relicário.
Minhas lembranças adormecem...
Ainda lembro da bailarina da caixinha de menina moça...
E ainda não sou mulher.
Meu objetivo jamais fora me entender.Entender desarma,afasta qualquer hipótese,me deixa estática.Minha esperança é ser oculta,sempre parto quando o nítido se encontra na esquina.

Andei descalça pela chuva e toquei a minha alma.
Nem menina,nem mulher,nem moça...

Prazer,Orquídea Fantasma.

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