quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Minha memória, aquarela.






As cores mechem comigo, e é assim, desde que me desconheço. Associo emoções à cor,associo também,momentos,cheiros,livros.E por isso,sou sangue,branco e negro.Sendo tom,enxergo minhas cores mais fortes.Uma pitada de amarelo,pro sorriso.Uma pitada de azul,café da manhã.Uma pitada de cinza,para a chuva,chuva de pingo e de estrelas.E de dentro de todas as cores,encontro meu pote infinito.E ando...E a medida que caminho,as cores se manifestam.Eu sou uma tela de todos os tons.Uma tela de tons intensos...de vermelho amargo e paixão,de verde calmaria e infância,de preto lembrança e base.De branco recomeço e imagem.Das cores dos babados da cama,das cores do primeiro salto.O rosa do beijo na infância.Do alaranjado do primeiro livro.Do roxo, meu amor.Eu sou uma tela onde os pincéis são meus atos.Todos formados de pêlos finos.Finos fios do que sei,do que sou,do que penso.Todos presos ao que acho,ao que sinto,todos presos à verdade imaginária que eu invento nas faíscas das horas.E eu posso me ver nas cores dessa chama,Tempo.

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