domingo, 25 de abril de 2010

Tão...tão...tão...







São tantos anos em guerra.
Andando pelos vestígios de uma inocência ao avesso.
Conversando com plantas para recuperar um pouco de paz.
Eu me lembro dos dias coloridos,onde o abraço era forte,e eu dormia sem lembrar do mundo.
Sempre medrosa,me jogando para mais baixo do que nunca tinha ido.
Eu comecei duas guerras ao mesmo tempo.
Uma para matar o que eu sentia, e outra para mudar meu tempo.
São tantos anos em guerra.
E hoje eu escuto aquelas velhas canções dos vilarejos escondidos.
Eu sinto que a guerra precisa de paz.Mas são tantos anos em duas guerras.
Perder o motivo,seria me desintegrar.
Eu estou te matando em mim,querida.Te matando em mim para me libertar.

Andando pelas margens desse rio,imaginando o que existe além.Não,eu não posso ir,até me libertar.Até ser a mudança que eu queria ver.
Eu me machuco mais um pouco.
Eu sento com os meus fantasmas.
Montando estratégias como num baralho.
Eu estou te matando dentro de mim,querida.Para ser o que eu sou.
Eu não serei meu escravo,depois que acabar.


Eu estou em duas guerras,
Uma para matar o que eu sinto e a outra,para mudar o meu tempo.

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