quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Afora
Me desligo das pessoas lá fora...Rádio,livros,dias mudos.Corredores solitários,passos acelerados e eu sentada em cima do mundo,muro,percepção.Adormecendo,sem me perceber nos dias.Presa na casa de vidro. Porque existir é confuso e eu,eu sou uma tempestade.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Gérbera
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Olhos plenos
A mudança é a janela para todas as coisas...Tornar-se imutável é morrer sem descobrir o que é estar vivo.Sem contemplar a delicadeza de uma flor,sem saber sentir o que é especial.Limitar-se a ser o mesmo é acostumar com a roupa velha,é confortável,cheira lembrança,mas aprisiona à um momento que passou.A criatividade é o confronto.Não é a capacidade de se reconstruir,mas a simplicidade em se montar,moldar,construir.A minha doença tem nome,gosto e peso.A minha doença é o fardo das molduras que construi.Telas em branco. Molduras ornamentadas e um vazio espacial que limita aquilo a ser simples tela,esperando o ser lá fora,tingir-se de si,ai,talvez,você se encontre.Não sei o que os anos trouxeram e evito com a minha alma,olhar meus antigos espelhos.Mas sei que é necessário saber o que me trouxe aqui.Contemplar meus moinhos e descobrir que eu sou aquilo que eu sinto,não o que transpareço.Que eu sou o que transborda e nem sempre vejo.Que eu sou mais que um traço externo e bem menos que as estrelas.Compreender,que sim,eu posso entende as coisas,pessoas,vontades,momentos,mas que não são essas nem seus opostos que me constroem.Não sou uma reflexão profunda,porque me desconheço.E desse não conhecer...Tenho olhos plenos.
Shakespeare não seria o mesmo se refletisse Goethe,mas seria plenamente Shakespeare se aceitasse ser,não o papel que desenhou,mas aquele que percebeu todos eles.Jardineiros,foram meninos que também desejaram ser astronautas e contemplar cometas,entretanto,suas raízes são profundas como a Terra,então,seu universo é toda a extensão de um jardim e eles,e só eles sabem que as flores são fascinantes como as estrelas,como os cometas.Tão fascinantes quanto ao próprio cheiro de flor,cheiro de terra.
Poderia me emoldurar,de Ana,Maria,José,Hannah,João.Poderia me emoldurar de pedra,flor,estrela,espinho,corte no pé ou cheiro de pão.Então decidi que não seria elas,porque,em essência,não o sou.Então cativo,e guardo toda lembrança em um pote.Sei que não o sou,mas brinco de sentir.
Todas essas coisas,talvez elas,não me deixem ser a branca tela,nem a moldura,durável e ruim,talvez,sejam elas pedaços de coisas que me importam.Pedaços de coisas que gosto,como tecidos,folhas,canções.Não tenho tempo,não sou uma lembrança,não sou um projeto,não sou um dia,e não me importo com o tempo ou a tempestade lá fora.
Acho que sou o que,em um momento,prevalecer em mim.Seja cor ou pétala,brisa ou lamento,poesia ou monólogo...
Eu me permito descobrir,e como bananas,jogar a casca antiga,fora.
E me visto,por agora,de nostalgia e flores.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Natureza neutra
Depois da tempestade,a explosão silenciosa do tempo,do vento em minhas costas.A explosão calma da reconstrução,a soma das perdas,as lágrimas e o vulcão..A força que constrói muralhas.Não quero mais reconstruir nada,quero vagar entre as ruínas e perceber o tempo,como ele molda.Não quero ouvir ruídos,quero ouvir o que o mensageiro vem me dizer.Quero vagar ali pelo tempo infinito.Pelo tempo que se leva a perceber.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Compreende se que ama não quando tudo parece colorido,nem quando percebe que não há vida foras de nós,juntos.
Compreende se que ama,justamente com e com o oposto de todas essas coisas.Quando os dias são cinzas e enquanto a primavera adormece,no silêncio da falta e na agonia que cala.
Compreende se que ama,quando sabe que escalaríamos dias solitários,dias mistos entre negro e branco,quando se aprende que sim,se é flor fechada,mas que se abre para a vida,simplesmente por saber que seu sorriso existe.
Compreende se que ama,justamente com e com o oposto de todas essas coisas.Quando os dias são cinzas e enquanto a primavera adormece,no silêncio da falta e na agonia que cala.
Compreende se que ama,quando sabe que escalaríamos dias solitários,dias mistos entre negro e branco,quando se aprende que sim,se é flor fechada,mas que se abre para a vida,simplesmente por saber que seu sorriso existe.
domingo, 9 de agosto de 2009
Paternogêneses
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Flores de saturno em sal de vênus
Eu te procurei pela casa,
Olhei embaixo da cama,
Esperei na porta algum tempo.
E dei de cara com o espelho,
E a casa está vazia.
Então,encontrei olhos na superfície fria,olhos úmidos,perdidos,e relembrei...
Minha pele revirou cada segundo.
Eu te senti e me encontrei novamente e apenas sorri.
E foi ali que entendi...
Você está em mim,meu amor.
Está em mim,porque sou sua.
*Essa calmaria que prescede a tempestade...
*Trecho de alguma canção
*Trecho de alguma canção
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Contemplação;
Passos distantes,indiferentes,passos em falso ...
E nós unidos.
Instintos desenhando abrigos,olhos,bocas,mãos...
Vozes alegres,embriagadas,vozes dispersas,incoerentes...
E nós unindo...Olhos,bocas,mãos,desenhando verdades.
Sussurro.
Silêncio,
Dedos,pele,arrepio.
E o mundo gira novamente.
Vozes,cores,ruídos...
E nós..
Em silêncio,unidos.
Passos distantes,indiferentes,passos em falso ...
E nós unidos.
Instintos desenhando abrigos,olhos,bocas,mãos...
Vozes alegres,embriagadas,vozes dispersas,incoerentes...
E nós unindo...Olhos,bocas,mãos,desenhando verdades.
Sussurro.
Silêncio,
Dedos,pele,arrepio.
E o mundo gira novamente.
Vozes,cores,ruídos...
E nós..
Em silêncio,unidos.
domingo, 2 de agosto de 2009
Tempo
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