
São tantos anos em guerra.
Andando pelos vestígios de uma inocência ao avesso.
Conversando com plantas para recuperar um pouco de paz.
Eu me lembro dos dias coloridos,onde o abraço era forte,e eu dormia sem lembrar do mundo.
Sempre medrosa,me jogando para mais baixo do que nunca tinha ido.
Eu comecei duas guerras ao mesmo tempo.
Uma para matar o que eu sentia, e outra para mudar meu tempo.
São tantos anos em guerra.
E hoje eu escuto aquelas velhas canções dos vilarejos escondidos.
Eu sinto que a guerra precisa de paz.Mas são tantos anos em duas guerras.
Perder o motivo,seria me desintegrar.
Eu estou te matando em mim,querida.Te matando em mim para me libertar.
Andando pelas margens desse rio,imaginando o que existe além.Não,eu não posso ir,até me libertar.Até ser a mudança que eu queria ver.
Eu me machuco mais um pouco.
Eu sento com os meus fantasmas.
Montando estratégias como num baralho.
Eu estou te matando dentro de mim,querida.Para ser o que eu sou.
Eu não serei meu escravo,depois que acabar.
Eu estou em duas guerras,
Uma para matar o que eu sinto e a outra,para mudar o meu tempo.
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