segunda-feira, 28 de dezembro de 2009





Não adianta esconder
Gritar comigo e implorar um sorriso
Não adianta me tocar e tentar me abraçar,eu estou distante,agora.
Não adianta estampar a casa com fotos da minha infância,você também não estava lá,não é?
E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam vento.
E eu,eu vivo de tempestades,minha querida.

Você quis ser apenas mais uma para a única pessoa que te fez única.
você feriu a única pessoa que poderia te salvar.

E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam vento.
E eu,eu vivo de tempestades.

Então,como uma lembrança de Natal,
Ouça o ruído do seu próprio ser
E lembre se da única coisa que você me disse:

"Por que você não se mata?"

E todas as suas mentiras formaram um castelo de cartas...
Castelo de cartas não suportam tempestades.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dantefamiliaridade




(Para os filhos da puta,como eu)


Eu fechei os meus olhos para não gritar
E não deixei escapar,pelos meus lábios,a minha dor.
Eu me mantive em silêncio para não te deixar confusa.
Eu fiz de tudo para você ser feliz,
Eu calei a minha dor e sorri,quando você pediu.
Eu fechei os meus pulsos para não te envergonhar com as minhas cicatrizes.
E é assim que você ama?
E os fatos não justificam,mas eu senti e sinto,ainda.
Me rasgando por dentro,me corroendo.
Corrompendo o último fiapo de esperança que eu tinha,
Apagando a última faísca da única estrela que se mantinha sobre minha cabeça.
As memórias não são eternas,eu não perecerei.
O engano,o sorriso ancioso por estar feliz,em calma...e a sua verdade escancarada,estampada no seu sorriso,me perfurando.
Tantos anos pensando em suícidio e o único momento em que precisei do seu abraço,você me abandona.
As memórias não são eternas e eu não perecerei.
Não se vive por aquilo,a que não se dispõe a morrer.
E eu querida,não vivo por você.
Eu sinto muito,mas não desisto e não,não me mataria para te ver sorrir.
Nem meu corpo quer ser tocado por suas lágrimas.
Eu lamento,mas você tem que olhar para mim,olhar para mim e sangrar,ao ver refletido em mim,seu passado vazio.

sábado, 26 de dezembro de 2009




Eu sobrevivi a única coisa que conseguiria me matar

Toda sua





E o seu corpo me chama.
Chama,quente,envolve,mistura.
E nem sei mais qual corpo é o meu,
Ou se é tudo carne sua.
E nem sei se sou eu
Ou você quem me abriga,
E nem sei se sou eu,
Ou você,
Quem me pertence.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

-Com a boca amargando



Nunca tive ninguém para me acalmar,e talvez isso tenha me feito assim,agressiva.
Agressiva,de lua,mimada,errada,babaca e...triste.
Não é muito fácil perceber que as pessoas gostam de enganar,nem é fácil admitir que seu maior vilão é a carência.Nem é fácil manter paredes.E que o que se chama ‘moral’é a imoralidade da raça,apoiada em leis em tábuas.Não é fácil olhar no espelho e se ver partir,e se cortar com cada fagulha.Nem é fácil não chorar.

Houve um tempo em que,só não era fácil sorrir.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tempo Alado



A gente sempre leva nosso mundo nas costas e ele,abusa de sua gravidade e atrai todas as cores compatíveis para perto de nós.E andamos,andamos,andamos...Muitas vezes sem lugar algum a se chegar.Andamos porque não concordamos com a forma da vida.Estamos em constante mutação.E só quem assim vive,sabe dosar suas perdas e se derramar em lágrimas à cada pequena conquista.Desvios não nos interessa,queremos o caminho mais longo,mais belo,queremos emoções,intensidade,queremos os baixos,os altos e meios,e o que vier depois e antes disso e de qualquer coisa.Somos pontos ambulantes e a nossa caminhada não tem um traço definido,ela se apaga e se recorta,se renova e esquece todo o tempo,o tempo todo.E que a nossa preguiça seja abençoada,pois ela nos permite acompanhar o nascer e adormecer do sol,nos permite dividir a alegria de uma gota ao tocar as folhas todas as manhãs,nos permite ficar ali,abraçados,contemplando estrelas.Não,eu não entendo nada e quanto mais me procuro,mais me perco de mim.E nem de olhos fechados,sou a mesma.Eu me permito ser de todos os tons,de todas as vozes e de todos os tempos.Não,não junte se a mim,me conte sobre o seu caminho,não se caminha junto,nesse tempo.Nem se caminha sozinho,pois quem a gente ama não é o outro,é parte da gente,mais que nós mesmos.E temos consciência de que o amor é livre.E temos consciência de que quando encontramos o mesmo,ele transcende e contamina.
E temos consciência de que é de amor,que somos feitos!


E saudadas sejam as borboletas que vivem menos de 24 horas,porque elas se despedem da vida em forma de poesia,enquanto homens,apenas fecham os olhos.

Inflorescência



(Para Chrys)



O leve toque do vento contradizendo a vontade dos seus cabelos e passos
A beleza que se esconde dos olhos e desabrocha em tempo,flor das horas.
A música que revela em dedos e símbolos dourados,o carinho.
O medo do desconhecido que não aprisiona,
Transforma,colore e abre em pétala a força que nasce da sensibilidade.
Nada é mais doce que a agressividade,
Nem a flor que aos poucos abre,é tão complexa.
E a sinceridade que do seu silêncio escapa
É a mesma que se revela no seu sorriso.
Nenhum momento permanece em seu eixo certo,
E minha contradição é clara.
Doce pimenta escondida,desconfiada,oposta e meio tímida.